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Secretaria de Saúde divulga balanço final da dengue

Publicado: 5 de julho de 2013
16h 26

A Secretaria Municipal de Saúde fechou nesta semana o balanço da epidemia de dengue. Isto porque, de acordo com critérios do Ministério da Saúde, um ano epidemiológico para contagem de casos de dengue é dividido por semanas e inicia em julho e termina em junho do ano posterior. Neste período entre 2012 e 2013, foram registrados 9.574 casos de dengue. Além disso Santos fez o acompanhamento de 2.976 notificações de pacientes de outros municípios.

Desta forma, termina oficialmente a epidemia decretada no dia 6 de março, quando a cidade atingiu 100 casos para cada 100 mil habitantes. Desde então, a confirmação estava dispensando a coleta de exame de sangue para confirmação, sendo feita por avaliação clínica.

A partir desta semana o trabalho volta à rotina normal e começa uma nova contagem. Vale destacar que os dados são parciais e sujeitos à revisão, uma vez que, se chega uma nova ficha, a equipe da Vigilância Epidemiológica vai inserir na data do início dos sintomas.

Agora, dentro da rotina normal, quando o paciente apresenta febre acompanhada por mais dois sintomas, como dor no corpo, dor nos olhos, manchas no corpo e cansaço excessivo, é feita a coleta do exame de sangue e encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz. A confirmação acontece após o resultado do exame. Não é necessário aguardar o resultado para iniciar o tratamento, cuja medida fundamental é a hidratação do paciente com suspeita.

Vírus tipo 4
A última epidemia havia sido registrada entre julho de 2009 e junho de 2010, com 8.026 casos e 24 óbitos. Neste ano, houve uma epidemia que atingiu o país, devido à circulação de um novo tipo de vírus, o tipo 4, que a população não tinha imunidade por não ter sido infectada anteriormente.

Apesar do número maior de casos, o número de óbitos foi menor neste ano. Foram seis óbitos, sendo todos pacientes com fatores de comorbidade e cinco deles eram idosos. Quatro ocorreram na rede particular, um na rede pública municipal e outro na rede pública estadual.

“Nosso desejo era não ter nenhum óbito. Mas de qualquer forma, a diminuição de 75% dos óbitos em relação à última epidemia, e em pacientes com doenças anteriores associadas, é resultado de um trabalho permanente de controle do vetor e dos cuidados implementados na assistência ao doente”, explica a chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Carolina Ozawa.

Inovação
Entre as novidades está a visita diária de infectologista para acompanhamento e manejo clínico dos casos graves internados. Um total de 30 pacientes em estado grave conseguiu se recuperar.

Já no controle do vetor, há um trabalho permanente dos agentes de controle que fazem não apenas a eliminação dos focos, bem como o controle e o trabalho de prevenção e orientação junto à comunidade. Além disso, são feitos mutirões nos bairros de acordo com o resultado apontado de prioridades nas armadilhas de captura do mosquito. Só neste ano já foram 24 mutirões.

As armadilhas também tiveram uma ação pioneira, com a instalação na área portuária. Hoje são 459 espalhadas por toda Cidade, cujo resultado é atualizado semanalmente e pode ser consultado na Internet: www.santos.sp.gov.br/dengue. Neste portal também é possível conferir dicas de prevenção, detalhamento dos sintomas e orientações sobre a doença.

Combate também no inverno
Vale lembrar que a colaboração da comunidade nestes dias mais frios do ano continua sendo fundamental. Isso porque os ovos do mosquito duram até um ano e quando o clima esquentar novamente eles podem eclodir e permitir o nascimento do mosquito. Por isso é preciso escovar todos os recipientes que podem ter acumulado água parada, como calhas e pneus.

A prefeitura também já está trabalhando em estratégias para envolver a comunidade nesta luta conjunta no segundo semestre. Denúncias podem ser feitas na ouvidoria Via Saúde, no 0800-7700732.