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Santos trata de vítimas de violência sexual de modo diferenciado

Publicado: 4 de dezembro de 2003
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O Ambulatório do Programa de Atenção Integral às Vítimas de Violência Sexual (Paivas), criado por meio da coordenadoria de DST/Aids/ Hepatites, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), já prestou atendimento médico e psicossocial a cerca de 70 pessoas desde sua inauguração, em junho de 2002. Os dados impressionam. Pesquisas apontam que apenas de 3 a 5% dos casos de violência sexual chegam às unidades de Saúde. A psicóloga Regina Lacerda, responsável pelo ambulatório, explica os números. Isso acontece porque, em geral, o agressor é conhecido da vítima, que muitas vezes ainda sofre ameaças. O médico Luiz Carlos Chaim, ginecologista do Paivas, enfatiza a necessidade de procurar ajuda. É de extrema importância que as vítimas venham aos equipamentos de Saúde até 72 horas depois do estupro para receber os cuidados necessários. Podemos evitar infecções, doenças sexualmente transmissível, Aids e uma gravidez indesejada. A psicóloga lembra que os atendimentos prestados no Paivas são confidenciais. A vítima não precisa ter medo de procurar auxílio médico. Aqui, prestamos atendimentos para prevenir complicações físicas e psicológicas. Não obrigamos ninguém a prestar queixa, afirma Regina. TRATAMENTO As vítimas de abusos sexuais devem procurar atendimento médico o mais rápido possível. Até 72 horas depois da agressão o método contraceptivo de emergência pode evitar a gravidez e a profilaxia pós-exposição pode prevenir DST/Aids/ Hepatites. O atendimento às pessoas que sofreram algum tipo de violência sexual é feito, em tempo integral, no Hospital Maternidade Silvério Fontes e no Paivas, Rua Conselheiro João Alfredo, 60, de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 18 horas. Casos de abusos cometidos com menores de idade são encaminhados ao Conselho Tutelar. As mulheres vítimas de violência são conduzidas à Secretaria de Ação comunitária (Seac), que possui equipamentos e programas especializados para esse tipo de situação. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Projeto Lei, aprovado pelo Plenário do Senado no último dia 6 de novembro, e já levado à sanção presidencial, determina a notificação compulsória de casos de violência contra mulher atendidos nos serviços público e privado de Saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 7 milhões de mulheres se declaram vítimas de espancamento no País. Não há dados precisos sobre violência sexual, mas os casos atingem crianças e mulheres entre 1 e 60 anos. A faixa etária mais crítica é dos 12 aos 18 anos.