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Santos terá unidade sentinela da influenza

Publicado: 7 de março de 2006
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Será instalada em Santos, ainda neste semestre, uma Unidade Sentinela de Vigilância da Influenza – vírus causador de diversos tipos de gripe, entre elas a aviária. Santos será a primeira cidade do Estado, fora da Capital, a contar com o Sentinela. Em São Paulo já existem duas unidades do programa. A vigilância será implementada ainda em outros quatro municípios: Guarulhos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Campinas. Santos foi escolhida por ser a referência da região e por causa do Porto, o maior da América Latina, explicou Helena Aparecida Barbosa, que visitou a Cidade na última segunda-feira (6), acompanhada de Telma Regina Carvalhanas, ambas responsáveis pela Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória do CVE. As duas técnicas e a chefe da Vigilância Epidemiológica da Direção Regional de Saúde (DIR-XIX), Carmem Perandones, reuniram-se com integrantes da SMS, durante todo o dia. À tarde, vistoriaram as instalações do Pronto-Socorro da Zona Leste, onde funcionará a Unidade Sentinela. A iniciativa faz parte da implementação da vigilância em influenza no Brasil e também de um plano de contingência mundial. O objetivo é monitorar os tipos de vírus influenza circulantes; as populações de risco; a intensidade da atividade da influenza, além de eventos atípicos, como vírus não usuais, aumento ou gravidade dos casos. Após o treinamento, que deverá ser ministrado pelo Ministério da Saúde ainda este mês, Santos encaminhará ao Instituto Adolfo Lutz de cinco a sete amostras semanais de material biológico (secreção nasofaríngea). O interessante é que tenhamos poucas amostras, mas de boa qualidade, destacou Carvalhanas, referindo-se à importância da triagem no atendimento, no dia da coleta, para identificação do vírus. INFLUENZA A influenza é uma doença viral aguda transmitida por meio de secreções respiratórias. Tem como sintomas febre, calafrios, dor de garganta e cabeça, tosse, mal-estar e fotofobia (intolerância à luz). No século 20, a maior pandemia da influenza ocorreu em 1918-1919 (gripe espanhola) e causou cerca de 40 milhões de mortes, 1,5% da população mundial da época. Embora o cuidado de saúde tenha melhorado nas últimas décadas, modelos epidemiológicos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em Atlanta (EUA), projeta que hoje um pandemia provavelmente resultaria em 2 a 7,4 milhões de mortes globalmente. Em 1997 foi documentada, pela primeira vez, a transmissão direta do vírus da influenza aviária para humanos em Hong Kong (FLU A/ H5N1), com acometimento de 18 pessoas e seis óbitos, correspondendo a uma letalidade de 33,3%. Desde então, 92 pessoas morreram embora milhares tenham tido contato com aves infectadas. O maior temor é que alguma mutação do vírus possa tornar a doença contagiosa entre humanos. Hoje ela é transmitida por aves contaminadas.