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Santos tem conscientização na Semana de Mobilização Contra a Raiva

Publicado:
2 de outubro de 2025
14h 21
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agente entrega material educativo a senhora #paratodosverem

COMO ACIONAR O CENTRO DE ZOONOSES

 

A Secretaria Municipal de Saúde realizou, nesta quinta-feira (2), ação de conscientização e prevenção na Praça das Bandeiras (Gonzaga), como parte da programação da Semana de Mobilização Contra a Raiva.

O grupo de Informação Educação e Comunicação (IEC) abordou a população informando sobre os cuidados essenciais com os animais domésticos, como a vacinação. Além disso, detalhou que, mesmo com a ausência de casos em humanos há anos, é preciso estar atento para que a doença não retorne.

Sarah Ermenegildo, agente de combate a endemias, destacou que a ação é realizada em locais de grande movimentação de pessoas. “É importante lembrarmos os munícipes que possuem animais domésticos para que apliquem a vacinação anualmente, além das instruções de como agir caso entre em contato com o principal vetor da raiva, que é o morcego. Realizamos a vacinação antirrábica (na Avenida Rangel Pestana, 96) uma vez por semana, toda quarta-feira, das 9h às 12h”.

A agente ainda esclareceu que, mesmo sem casos registrados em humanos, a população tem contato diário com animais em situação de abandono, vivendo nas ruas e expostos a doenças e infecções, o que pode auxiliar na propagação da raiva.

“Nós, antigamente, ouvíamos muito sobre raiva, e eu conheci um rapaz próximo da família que foi infectado com a doença. Por isso, tenho muita preocupação em manter a vacina dela (sua cadela Kiara)”, contou Sonia Regina Oliveira, aposentada.

SUSPEITOS

São considerados animais clinicamente suspeitos os que apresentam salivação abundante, dificuldade para engolir, paralisia nas patas traseiras no momento da agressão.

“Caso você sofra um acidente com algum animal, é importante lavar a ferida com água e sabão em água corrente por dez minutos, e logo em seguida, procurar imediatamente a policlínica ou, a depender do dia e horário, a unidade de saúde mais próxima da sua residência”, orienta Boanerges Oliveira, chefe do Centro de Controle de Zoonoses e Vetor

A conduta posterior a ser seguida será do médico durante atendimento, após avaliar o tipo de acidente (se leve ou grave) e o histórico do animal, se é conhecido, desconhecido ou se aparentava estar doente.

A DOENÇA

A hidrofobia, popularmente conhecida como raiva, é uma doença causada pelo vírus Lyssavírus, que costuma atacar o sistema nervoso. Entra no corpo por meio de uma lesão na pele, sendo transmitida por arranhões, mordidas e lambidas de mamíferos infectados com a doença, como cães, gatos, morcegos, saruês, entre outros.

A raiva atinge o sistema nervoso até alcançar o cérebro, fase em que geralmente começam a aparecer os sintomas: mal-estar, febre baixa, dor de cabeça e garganta, falta de apetite, vômitos e desconforto gastrointestinal.

A evolução da doença causa encefalite e outros sintomas, como hiperexcitabilidade, confusão mental, agressividade, alucinações, crises convulsivas, espasmos musculares, produção excessiva de saliva, dificuldade para respirar e engolir e febre alta.

Depois, o doente passa a ter hidrofonia, aerofonia e fotofobia, que são espasmos após contato com água, corrente de ar ou excesso de claridade. Por fim, o vírus traz paralisia, que evolui para coma e morte por parada respiratória. A raiva é fatal em praticamente 100% dos casos, com raras exceções no mundo.

 

COMO ACIONAR

O Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) deve ser sempre acionado por telefone (3228-3699) para a retirada de morcegos em ambiente doméstico, se estiver vivo ou morto. A retirada é realizada por técnicos capacitados e em uso de equipamentos de proteção individual (EPI).

Morcegos encontrados mortos, caídos ou desorientados, principalmente durante o período diurno, são recolhidos e enviados para análise no Instituto Pasteur-SP.

Cães e gatos que morrem apresentando quadro neurológico sem razão definida são encaminhados pelo atendimento médico veterinário à CCZV para a realização de necropsia e envio de material para análise. Caso a amostra venha com resultado positivo para raiva no animal, a CCZV realiza investigação na área específica, bloqueio vacinal se necessário, assim como orientação educativa à população local.

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS

Fotos: Francisco Arrais