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Santos mantém posto fixo de vacinação antirrábica para cães e gatos

Publicado: 26 de agosto de 2025 - 11h32
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O Centro de Controle de Zoonoses e Vetor de Santos (CCZV) facilitou o acesso dos tutores de cães e gatos à vacinação antirrábica: toda quarta-feira, das 9h às 12h, funciona um posto de vacinação na sede do CCZV (Av. Rangel Pestana, 96 – Vila Mathias). Anteriormente, o serviço era disponibilizado mediante agendamento prévio.

Para ter acesso à imunização, os tutores dos pets devem ter em mãos um comprovante de residência. Caso o animal não possua carteira de vacinação, o posto fornecerá.

As campanhas de vacinação antirrábica de cães e gatos foram suspensas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, sendo 2018 o último ano com realização de campanha em Santos. Em 2021, considerando que não se verificava a variante 2 da raiva no Estado há mais de duas décadas, o Estado deliberou pela a vacinação de cães e gatos em caráter de rotina, na profilaxia de contactantes de morcegos e no bloqueio de focos, além da suspensão das campanhas anuais a partir de 2022.

“Mesmo sem as campanhas, mantemos o posto fixo na Cidade, e ele funciona o ano inteiro, de janeiro a dezembro”, afirma Boanerges Oliveira, chefe do CCZV.

A DOENÇA NO ANIMAL

São considerados animais clinicamente suspeitos para raiva os que apresentam salivação abundante, dificuldade para engolir, paralisia nas patas traseiras no momento da agressão. “Caso você sofra um acidente com algum animal, é importante lavar a ferida com água e sabão em água corrente por dez minutos, e logo em seguida, procurar imediatamente a policlínica ou, a depender do dia e horário, a unidade de saúde mais próxima da sua residência”, orienta Boanerges.

A conduta posterior a ser seguida será do médico durante atendimento, após avaliar o tipo de acidente (se leve ou grave) e o histórico do animal, se é conhecido, desconhecido, se aparentava estar doente.

A DOENÇA NO HOMEM

A hidrofobia, popularmente conhecida como raiva, é uma doença causada pelo vírus Lyssavírus, que costuma atacar o sistema nervoso. Entra no corpo por meio de uma lesão na pele, sendo transmitida por arranhões, mordidas e lambidas de mamíferos infectados com a doença, como cães, gatos, morcegos, saruês, entre outros. A raiva atinge o sistema nervoso até alcançar o cérebro, fase em que geralmente começam a aparecer os sintomas: mal estar, febre baixa, dor de cabeça e garganta, falta de apetite, vômitos e desconforto gastrointestinal.

A evolução da doença causa encefalite e outros sintomas, como hiper excitabilidade, confusão mental, agressividade, alucinações, crises convulsivas, espasmos musculares, produção excessiva de saliva, dificuldade para respirar e engolir e febre alta. Depois, o doente passa a ter hidrofonia, aerofonia e fotofobia, que são espasmos após contato com água, corrente de ar ou excesso de claridade. Por fim, o vírus traz paralisia, que evolui para coma e morte por parada respiratória.

A raiva é fatal em praticamente 100% dos casos, com raras exceções no mundo.

MORCEGOS

O CCZV deve ser sempre acionado por telefone (3228-3699) para a retirada de morcegos em ambiente doméstico, se estiver vivo ou morto. A retirada é realizada por técnicos capacitados e em uso de equipamentos de proteção individual (EPI). Morcegos encontrados mortos, caídos ou desorientados, principalmente durante o período diurno, são recolhidos e enviados para análise no Instituto Pasteur-SP.

Cães e gatos que morrem apresentando quadro neurológico sem razão definida são encaminhados pelo atendimento médico veterinário à CCZV para a realização de necropsia e envio de material para análise. Caso a amostra venha com resultado positivo para raiva no animal, a CCZV realiza investigação na área específica, bloqueio vacinal se necessário, assim como orientação educativa à população local.

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS