Santos lança campanha de conscientização para tuberculose
Com o objetivo de alertar sobre a necessidade de avaliação médica para tosse persistente por três semanas ou mais, a Prefeitura de Santos lança nesta quinta-feira (17), Dia Nacional de Combate à Tuberculose, uma campanha de conscientização para a doença.
O alerta será feito por meio do Santos Portal, redes sociais, mobiliário urbano (painéis eletrônicos em praças) e nos espaços publicitários dos ônibus. As unidades de saúde do Município também exibirão cartazes para que a população preste atenção a este sintoma. A mobilização é fruto de uma parceria das secretarias de Saúde e Governo, por meio da Diretoria de Comunicação (Dicom).
"Por meio desta campanha, estamos trabalhando ainda a prevenção à tuberculose. É de extrema importância orientar os munícipes sobre as formas de evitar a propagação da doença, além de conscientizar sobre realização do tratamento adequado, que é longo, mas fundamental para a cura", disse o prefeito Rogério Santos.
Em 2022, Santos contabilizou 236 novos casos de tuberculose. No ano passado, foram registrados 286 casos. A tuberculose pulmonar é a mais comum e altamente transmissível pelas gotículas expelidas na tosse, fala ou espirro da pessoa infectada.
As gotículas que geram a contaminação contêm os bacilos causadores da doença, sendo o Mycobacterium tuberculosis o mais comum, e podem permanecer suspensos no ar por várias horas, o que facilita a transmissão.
ONDE PROCURAR AJUDA
O munícipe que estiver com tosse por três semanas ou mais, seja ela seca ou não, deve procurar a policlínica de referência de sua residência para avaliação. A critério clínico, é oferecida coleta de exame de baciloscopia de escarro, que identifica a doença.
Febre, suor noturno, emagrecimento e falta de apetite são outros sintomas que podem aparecer, porém não ocorrem em todos os casos.
“Nosso objetivo é chamar a atenção para a tosse persistente por 3 semanas ou mais e início o mais breve possível da investigação do quadro clínico. Em caso positivo, iniciamos imediatamente o tratamento, além da avaliação das pessoas que convivem com esse paciente, pois é uma doença facilmente transmissível”, destaca o secretário de Saúde, Adriano Catapreta.
Os medicamentos são disponibilizados gratuitamente pelo Governo do Estado. O tratamento tem duração de, pelo menos, seis meses, com ingestão assistida da medicação necessária na policlínica. O procedimento deve ser feito até o fim, para evitar o ressurgimento da doença com uma resistência maior ao medicamento utilizado. Se isso acontecer, é necessário realizar uma nova terapia. Em casos graves de resistência à medicação, o paciente deve ser internado.
A TUBERCULOSE
Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa contaminada pode infectar de dez a 15 pessoas em média, em uma comunidade, durante um ano. O risco de transmissão ocorre enquanto o paciente elimina bacilos no escarro. Com o início do tratamento, a disseminação tende a diminuir gradativamente. Os imunossuprimidos são mais vulneráveis à infecção da tuberculose.
É importante manter os ambientes arejados, pois o bacilo é sensível à luz solar e a circulação do ar dispersa as partículas infectantes. Pessoas com suspeita de contaminação ou caso confirmado da doença devem usar máscaras até que o exame indique que o paciente não possui risco de transmissão.