Santos estabelece novo comitê para agir de forma integrada contra a dengue
O ano de 2026 promete novos avanços no combate à dengue em Santos com ampliação do cerco ao mosquito transmissor, dando voz aos representantes acadêmicos, do mercado imobiliário, da construção civil, do Porto de Santos e da sociedade civil organizada.
Foi divulgada a nova composição do Comitê Municipal de Mobilização contra da dengue, liderado pelo gabinete do prefeito com assessoria técnica da Secretaria de Saúde e que reúne representantes de outras pastas, todas as universidades com sede do município, conselhos, sindicatos, Autoridade Portuária e clubes de servir. A primeira reunião está prevista para 14 de janeiro.
A nomeação dos novos membros do comitê foi publicada no Diário Oficial de Santos no último dia 17.
“Todas as instituições que fazem parte do comitê são estratégicas para o enfrentamento à dengue. A Secretaria de Saúde mantém há anos uma boa interlocução e ações conjuntas com vários destes entes, como a Autoridade Portuária e o mercado imobiliário e entendemos que o comitê proporciona uma melhor avaliação situacional e ações mais integradas, dentro do que cada um possa contribuir em sua área de atuação”, explica o Secretário de Saúde de Santos, Fábio Lopez.
NOVA VACINA
A nova vacina contra a dengue que chegará no início do ano de 2026 promete diminuir gradativamente a quantidade de casos da doença, mas será destinada a pessoas de 15 a 59 anos. A vacina já disponível no SUS aos jovens de 10 a 14 anos também continuará.
Combater o mosquito Aedes aegypti continuará a ser prioridade, até porque ele transmite outras doenças, como a chikungunya, que continua em circulação em Santos e a zika, cujo último caso no Município foi registrado em 2019.
“Nosso foco principal será sempre eliminar situações que possam favorecer a proliferação do mosquito. Quando a infestação diminui, o risco de contágio também cai”, explica Ana Paula Valeiras, diretora de Vigilância em Saúde de Santos.
Em 2025, Santos registrou 4.770 casos de dengue, com 5 mortes, e 412 casos de chikungunya.
ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO PERMANENTES EM SANTOS
- Casa a Casa - programa de visitação de rotina aos imóveis
- Mutirão - varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade
- Visitas aos imóveis especiais e pontos estratégicos - locais visitados mensalmente ou quinzenalmente, a depender da necessidade. Imóveis especiais: grande circulação de pessoas - escolas, hotéis, shopping centers. Pontos estratégicos: mais risco de criadouros - borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras
- Nebulização - aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças
- Armadilhas - Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local
- Acompanhamento epidemiológico - notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica
- Atividades Educativas - atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios
- Monitoramento com drones em locais de difícil acesso
- Formação de equipes de brigada contra o mosquito Aedes aegypti em escolas municipais e estaduais
- Atendimento a denúncias - feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou pelo site
Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS.