Santos distribui sal grosso em ‘pedágio’ de combate ao mosquito Aedes
O sal grosso é um aliado na luta contra o mosquito Aedes aegypti, que pode ajudar muito a combater o transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. Colocar sal grosso em ralos e recipientes com água parada evita a proliferação do mosquito.
Para reforçar a importância dessa aplicação, o Centro de Controle de Zoonoses e Vetor de Santos (CCZV) realizou um pedágio educativo com distribuição de sal grosso (que não é próprio para consumo), na Avenida Conselheiro Nébias (Vila Mathias/Vila Nova). na manhã desta quinta-feira (22). Os agentes também entregaram material informativo e esclareceram dúvidas do público.
“Se o mosquito se proliferasse na água salgada, o mar de Santos seria um grande foco. Recomendamos que o sal, ou o cloro, sejam aplicados duas vezes por semana onde tiver água parada”, explicou a agente do CCZV, Amanda Patto. Ela também ressaltou que nos vasos de planta, o recomendado é colocar areia; e na bandeja da geladeira apenas aplicar detergente. “Qualquer sal aplicado em água parada pode impedir o mosquito, mas a vantagem do sal grosso é que ele leva mais tempo para se dissolver”, esclareceu.
O vendedor José Batista de Jesus Cruz, 42 anos, foi um dos abordados na ação e recebeu o pacote de sal. Ele contou que tem costume de tomar os cuidados contra o mosquito. “Sempre coloco sal grosso e cloro em ralos na minha casa; não deixo água empossada jamais, porque a dengue é coisa séria e mata”.
A equipe de Informação, Educação e Comunicação do CCZV realizará nesta sexta-feira (23) mais uma distribuição de material informativo, desta vez nas Vilas Criativas Mercado e Vila Nova e respectivos arredores.
BALANÇO
Em 2025, Santos registrou 1.598 casos de dengue e 20 de chikungunya.
O MOSQUITO
As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito.
Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.
VACINA
A vacina contra a dengue segue disponível nas policlínicas para crianças e jovens de 10 a 14 anos. Para completar o esquema vacinal, são necessárias duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
PRINCIPAIS DICAS
- Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas
- Pias - verificar vazamentos e manter ralo vedado
- Ralos no chão - tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana
- Bandeja externa de geladeira - verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca
- Vaso sanitário e caixas de descarga - manter tampados
- Calhas e lajes - caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema
- Caixas d'água - verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas
- Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas - verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente
ESTRATÉGIAS DE SANTOS AO ENFRENTAMENTO AO AEDES AEGYPTI – ANO INTEIRO
- Casa a Casa - programa de visitação de rotina aos imóveis
- Mutirão - varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade
- Visitas aos imóveis especiais e pontos estratégicos - locais visitados mensalmente
- Imóveis especiais: grande circulação de pessoas - escolas, hotéis, shopping centers
- Pontos estratégicos: mais risco de criadouros - borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras
- Nebulização - aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças
- Armadilhas - Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local
- Acompanhamento epidemiológico - notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica
- Atividades Educativas - atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios
- Monitoramento com drones em locais de difícil acesso
- Atendimento a denúncias - feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou site www.santos.sp.gov.br/ouvidoria
Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS.