Santos compartilhará experiências do 'Apadrinhamento Afetivo' com municípios da região
Com o objetivo de fomentar a implantação do projeto de Apadrinhamento Afetivo nos municípios da Baixada Santista, a ONG Instituto Fazendo História realiza o 2º Seminário na Baixada Santista sobre o tema. O evento acontece dia 17 de maio (quarta-feira), das 9h às 16h, no Hotel Monte Serrat (Rua Bittencourt 130, Vila Nova).
O encontro, que contará com a presença de profissionais das secretarias e equipamentos públicos de assistência social de Santos, São Vicente e Praia Grande, terá como público-alvo trabalhadores de acolhimentos institucionais de crianças e adolescentes.
A Prefeitura de Santos já participa do Programa de Apadrinhamento Afetivo desde 2020. Realizado pelo Departamento de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), tem como objetivo criar laços afetivos individuais e duradouros entre pessoas da sociedade civil com crianças e adolescentes institucionalizados, sem perspectiva de retorno ao convivo familiar, seja ele de origem ou substituto.
Segundo a psicóloga do programa, Biancha Meneguin Pereira Bordinhon, através do investimento em formação teórica e com supervisão e discussão de casos em acompanhamento afetivo, pode-se aprimorar a prática com a rede de acolhimento institucional. “Este seminário é relevante para que possamos compartilhar nossa implementação do apadrinhamento, que acontece desde 2020, com muitos desafios e conquistas. O programa demanda articulação e comunicação sistemática com o Poder Judiciário, acolhimentos institucionais, por vezes outras políticas públicas também, para que possamos ampliar sua divulgação”, explicou.
Em Santos, os afilhados afetivos residem em três casas de acolhimento: Casa Vó Benedita, Educandário Anália Franco e Casa da Criança. Desde 2020, já passaram pelo programa 17 afilhados, sendo que atualmente são sete adolescentes aguardando padrinhos habilitados.
PROGRAMA DE APADRINHAMENTO
O Programa de Apadrinhamento Afetivo tem como objetivo levantar pessoas da sociedade civil que desejem desenvolver uma responsabilidade afetiva pela vida de uma criança ou adolescente institucionalizada, com remotas chances de adoção ou retorno à família de origem.
Consiste na alternativa de se garantir a convivência familiar e comunitária prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para crianças e adolescentes acolhidos em instituições, com remotas chances de adoção ou retorno familiar.
Para participar os candidatos a padrinhos/madrinhas não devem possuir demanda judicial, ou seja, não podem existir ações ou processos nos quais eles sejam acusados, indiciados ou citados como réus ou cúmplices de crimes previstos em lei.
Os interessados em apadrinhar participarão, antes de iniciarem uma aproximação sucessiva com o afilhado(a), de entrevistas individuais, familiares e visita domiciliar. Também farão a preparação teórica composta de oito módulos e entregarão documentação pessoal e dos membros da família para homologação do cadastro.
Os pré-requisitos são:
- Ter mais de 21 anos, ser munícipe;
- Apresentar documentação solicitada: cópias do RG, CPF, certidão negativa de antecedentes criminais, comprovante de residência, entre outros que a coordenação achar necessários;
- Ter disponibilidade para partilhar tempo e afeto com crianças/adolescentes acolhidos;
- Poder oferecer cuidados singularizados e de qualidade;
- Desejar colaborar com a construção e sustentação do projeto de vida e promoção da autonomia de adolescentes;
- Participar dos encontros de sensibilização e formação de padrinhos e madrinhas;
- Participar dos encontros de apoio e acompanhamento.
Contato para mais informações:
Interessados podem entrar em contato pelo e-mail apadrinhamentoafetivo@santos.sp.gov.br, pelo telefone (13) 3251-9333 ou presencialmente, na Avenida Dino Bueno, 16, Ponta da Praia, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.