Santos atualiza plano de contingência da Saúde para temporada de cruzeiros marítimos
A temporada de cruzeiros marítimos 2024/2025 em Santos inicia nesta sexta-feira (8) com a previsão de manter a quantidade de passageiros do período anterior: cerca de um milhão de pessoas.
Essa grande circulação de turistas requer atenção das autoridades sanitárias e, assim como nos anos anteriores, o Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Santos elaborou o Plano de Ação de Preparação, Vigilância, Monitoramento e Resposta à Saúde para a temporada que se encerrará em 20 de abril de 2025.
O plano estabelece a ação de diversos setores de forma integrada para a vigilância, monitoramento e resposta a uma eventual emergência de saúde pública iniciada dentro de um navio de passageiros.
“Todos os anos estabelecemos esse plano junto às armadoras e demais órgãos públicos com atuação no Porto e tem sido um sucesso. É uma estratégia complementar para garantir segurança a passageiros e tripulantes, para que tenham uma viagem tranquila”, afirma o secretário de Saúde de Santos, Denis Valejo.
COMO FUNCIONA
Ao detectar casos de doenças infectocontagiosas, de pessoa sintomática ou assintomática, caberá ao navio de cruzeiro ou agente marítimo informar o Município, o Estado e a Anvisa sobre essa situação e eventual necessidade de desembarque do passageiro.
O médico de bordo fará um relatório técnico detalhado sobre a condição de cada passageiro ou tripulante que adoecer. No caso de suspeita de doenças infectocontagiosas, passageiros assintomáticos ou com sintomas leves permanecerão em isolamento na embarcação até o desembarque no porto de origem para o retorno à sua residência ou atendimento médico em solo.
Toda notificação deverá ter dados claros de identificação do caso, bem como endereço residencial e contato telefônico que permita a localização da pessoa e o rastreamento de contatos.
MONITORAMENTO
Passageiros e tripulantes hospitalizados serão acompanhados por equipe especializada e designada pela empresa marítima ou companhia de seguros, sob supervisão do Município e do Estado, podendo ser da rede pública ou privada de saúde.
Em caso de morte, a companhia marítima será responsável pela remoção e translado dos corpos.
O QUE COMPETE AO MUNICÍPIO
O Município avalia o cenário epidemiológico e, em caso de impossibilidade das operações, informa ao Estado e este à Anvisa para a adoção das medidas pertinentes à situação epidemiológica.
Após os desembarques, o município deve monitorar casos de doenças e eventos de saúde possivelmente associados a cruzeiros que tenham pacientes e/ou tripulantes internados ou em isolamento. Os casos devem ser notificados ao Estado, que os repassará à Anvisa.
A Seção de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Saúde de Santos, faz a vistoria prévia em todos os estabelecimentos indicados (como hotéis, laboratórios e hospitais), com o objetivo de verificação da licença sanitária do local e do cumprimento dos protocolos e ações contra doenças infectocontagiosas.
Já a Seção de Vigilância Epidemiológica da SMS receberá as fichas de notificação dos casos suspeitos, confirmados, internados e óbitos – documentos que devem ser encaminhados imediatamente pelos hospitais e laboratórios, além do monitoramento dos casos em quarentena e isolados nos hotéis. Também deverá apoiar a Anvisa, quando solicitado, nas investigações de surtos, bloqueios e intervenções em eventos de saúde pública. Acionará ainda outros serviços e setores da Prefeitura caso necessário, de acordo com a natureza e magnitude do evento de saúde ocorrido.
Cabe também à Vigilância Epidemiológica solicitar ao laboratório referenciado pela companhia marítima ou seguro os resultados de exames coletados, por amostragem, para envio ao Instituto Adolfo Lutz (IAL). Todos os resultados emitidos pelo IAL serão monitorados e notificados ao Estado para fim de retorno do passageiro ou tripulante à cidade de origem.
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Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS: