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Relatório traça perfil do paciente de hipertensão e diabetes

Publicado: 30 de janeiro de 2006
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Desde dezembro último, o sistema de cadastro e acompanhamento de hipertensos e diabéticos, o Hiperdia, do Ministério da Saúde, passou a disponibilizar a análise dos dados fornecidos pelo Programa de Hipertensão e Diabetes (PHD) da Prefeitura de Santos. Até então, as informações enviadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) eram computadas somente no Estado. A medida traça o perfil dos pacientes e servirá para nortear as novas ações implementadas pelo programa. Criado em 2002, o Hiperdia possibilita o estudo detalhado da hipertensão e diabetes, já que analisa diversos indicadores (inclusive com gráficos e tabelas), como incidência por sexo e idade, associação das patologias, nível de sedentarismo e cálculo de medicamentos utilizados. Com base nestes dados podemos dirigir mais as ações para questões como sedentarismo e obesidade, cujos dados nos surpreenderam e representam alto risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, explica a cardiologista Jane Sant’Anna Nascimento Cunha, coordenadora do PHD. RISCOS No relatório, o índice de sedentarismo ficou em 55,5 %. Isso quer dizer que 11.955 pacientes não fazem nem 30 minutos de atividade física por dia. Outro dado que chamou atenção dos técnicos refere-se ao número de diabéticos que manifestam também hipertensão: 5.865 pessoas, equivalente a 82% dos diabéticos, e 27,25% do total de doentes acompanhados. Estão cadastrados no Hiperdia 21.521 pacientes de Santos, o que representa 37,25% da população de hipertensos e diabéticos estimada pelo Ministério da Saúde (57.763 pessoas). O PHD acompanha 22.420 pacientes e deve inserir todos no sistema o mais rápido possível. Quem quiser consultar os dados do Hiperdia deve acessar o endereço www.datasus.gov.br e clicar no ícone hiperdia (acesso rápido) e depois relatórios. PHD O Programa de Hipertensão e Diabetes (PHD) é um das iniciativas em saúde mais bem-sucedidas da SMS, com grande envolvimento de pacientes e profissionais. Teve início em oito policlínicas, mas hoje está implementado em todas as unidades básicas. O PHD não faz apenas o acompanhamento médico e distribui medicamentos. Na programação estão palestras, dinâmicas de grupos, atividades físicas, que visam melhorar a qualidade de vida do paciente. As principais dúvidas sobre cada doença são esclarecidas nos encontros mensais, que procuram enfatizar temas como importância da dieta, os perigos provocados pelo fumo, álcool e obesidade. O incentivo à prática de exercícios tem acompanhamento de estagiários de educação física. As aulas são dadas nas policlínicas da Aparecida, Campo Grande, Conselheiro Nébias, Embaré, Jabaquara, José Menino, Gonzaga, Marapé, Valongo, Vila Mathias e no Horto Municipal. Em 90% dos casos a doença é crônica. Não tem cura. Tem tratamento que precisa ser acompanhado, por isso a conscientização é um trabalho de formiguinha, destaca a cardiologista. A maioria das pessoas com hipertensão não apresenta sintomas. Em alguns casos manifestam-se dor de cabeça, sangramento nasal, tonturas e zumbidos no ouvido. Há também palpitação, dor no peito, falta de ar, inchaço, alterações visuais, perda da memória e de equilíbrio.