Projeto Feijão na Rua termina com sucesso de público
Sucesso de público e de vendas, o Projeto Feijão na Rua terminou neste sábado (30), no Centro Histórico, e já deixa boas lembranças, tanto nos nove restaurantes participantes quanto nos artesãos que ocuparam, todos os sábados de janeiro, o Boulevard da Rua XV de Novembro.
A iniciativa da Setur (Secretaria de Turismo) teve por objetivo oferecer novos atrativos no Centro Histórico a partir da tradição santista de optar por feijoada aos sábados. Com a casa cheia e movimento acima do esperado, Clydson Pires (mais conhecido por Maranhão) viu crescer os pedidos de feijoada no Bodegaia, a ponto de se igualar à demanda registrada no inverno.
“Essa foi uma bela sacada da Setur e deu supercerto. Junto com o Happy Centro (promovido nas sextas, das 18h às 22h), o Feijão na Rua deu um “up” enorme. É o que a gente precisava para deslanchar.”
Maranhão diz que, antes do projeto, não comercializava mais de 60 feijoadas aos sábados. “Agora, chega a 120”, comemora. Com o fim do Feijão na Rua, ele já pensa em aproveitar o novo hábito do público para oferecer, a cada sábado, um prato diferente e fidelizar a clientela. Melhor para Priscila e Fernando Santos, que, junto com Juliana Roxo, pediram feijoada.
Eles agora “batem ponto” no Bodegaia toda sexta e sábado, aproveitando o clima descontraído, a bebida gelada, a música de qualidade e a segurança das novas atrações no Centro Histórico. Guiherme Brum, gerente do Tasca do Porto, que participou do Feijão na Rua com a feijoada portuguesa, também considera positivo o saldo final. “Tudo o que for feito para melhorar o movimento do Centro, vamos apoiar e participar”, garantiu, dividindo sua atenção com os clientes que lotavam o restaurante.
Quero mais
“Pena que é o ultimo dia”, disse Gradsnay Faustino, da Associação Cortiços do Centro, satisfeita com as vendas dos colares, gargantilhas, chaveiros, marcadores de livros e outros itens confeccionados com chita. “Quem passa por aqui, para e compra.”
Léia Nascimento, do Grupo Idéia Mil, era outra artista que lamentava o fim do Feijão na Rua. “Vendemos muito bem, mesmo. E estávamos comentando que é uma pena terminar um projeto que está dando tão certo”, disse, adiantando que o grupo já estava até criando novas peças em tecido para diversificar o estoque.
Clayton Costa, do Baba de Moças Bolsas e Acessórios, também é só elogios para o projeto, que ajudou a aumentar a clientela. Resultado da escolha dos expositores – todos artesãos e autores de seus próprios itens -, qualidade dos artigos e da opção pelo Centro Histórico. “Aqui é diferente das feirinhas da praia, onde as pessoas vão para passear. Quem vem aqui, compra.”
Prova está na professora Rosana Ana Bettini, da Unip, que soube do Feijão na Rua pelo D.O. e combinou com uma amiga de almoçar no Centro. No caminho para o restaurante, passou pela feira de arte e saiu com duas bolsas novas. “Vim aproveitar o último dia e estou querendo comprar tudo, de tão lindas que são as peças.” Ela considera o projeto um incentivo dos mais importantes para movimentar a região aos fins de semana.
Moradora em Salvador (BA), Ieda Moura aproveitou a escala do navio MSC Splendour para passear no Centro Histórico, onde conheceu o trabalho de artesãos locais. “Tudo muito bonito”, comentou, na dúvida entre as lembranças que levaria de Santos. Ela esteve na cidade no ano passado, mas só desta vez pôde apreciar o patrimônio do Centro Histórico. “É muito bonito,” afirmou.
Foto: Carol Fariah