Programa de tratamento do glaucoma beneficia mais de 200 pacientes

O Dia Internacional do Glaucoma, celebrado nesta quinta-feira (6), traz novamente à tona a importância do diagnóstico precoce e o tratamento adequado para a doença. Em Santos, a prefeitura oferece, por meio da Secretaria de Saúde, uma iniciativa voltada especialmente para os munícipes com este problema: o Programa de Controle e Tratamento do Glaucoma, que beneficia atualmente mais de 200 pacientes. O atendimento funciona no Ambesp–ZNO (Ambulatório de Especialidades da Zona Noroeste). Toda terça-feira a agenda da oftalmologista Fátima Duque fica reservada para os pacientes cadastrados no programa. Além da orientação médica e distribuição de medicamento, a ação permite o acesso a reuniões mensais com vídeos informativos e bate-papo sobre a doença. O maior mérito do programa é estimular o paciente na continuidade do tratamento, que é durante toda a vida e demanda, claro, um certo sacrifício. Este acompanhamento permanente é fundamental, explica a oftalmologista. APROVAÇÃO Quem desfruta deste cuidado aprova. É o caso da moradora do Rádio Clube, dona Josefa Carneiro Silva. Ela faz seu acompanhamento clínico na unidade básica de saúde do bairro e devido aos olhos apresentarem problemas de visão, secreções e lacrimejamento, o clínico geral a encaminhou para avaliação no programa. Há longa data inscrita, ela está satisfeita com os resultados. Tenho progredido bastante. Sinto que estou bem assistida e, por isso, contente com o tratamento. Meus olhos pararam de lacrimejar e agora consigo fazer meus esportes com mais segurança, conta. Do alto da sabedoria de seus 75 anos, com a visão devidamente tratada, ela esbanja energia nas aulas de ginástica e vôlei adaptado oferecidas pela prefeitura na Zona Noroeste. O QUE É? O glaucoma é uma doença oftalmológica grave que pode levar o doente à perda da visão. Há mais possibilidades de se evitar a cegueira com o diagnóstico precoce. Sua principal característica é o aumento da pressão intra-ocular, que causa danos no fundo do olho. A doença não tem cura, mas existe tratamento e meios de controle para que ela não se agrave. Geralmente os sintomas não são muito aparentes, por isso é preciso que o paciente informe ao clínico geral da unidade básica de saúde de seu bairro qualquer sinal de secreção, lacrimejamento, vermelhidão ou dificuldade em enxergar, para que seja feita avaliação. A doença é mais recorrente em diabéticos e hipertensos, além de pessoas da raça negra, ou com mais de 40 anos ou, ainda, que apresentam casos da doença na família. No Brasil, o glaucoma atinge entre 2 e 3% da população.