Programa da sms já atendeu 103 casos de vítimas de violência sexual
Há dois anos o Município de Santos mantém um dos programas mais importantes no cuidado a mulheres - de todas as faixas etárias - que são vítimas de violência sexual, com tratamento médico e oferecimento de coquetéis que impedem, com grande margem de segurança, o desenvolvimento de doenças sexualmente transmissíveis como Aids, sífilis e hepatites, além da gravidez indesejada. O programa proporciona ainda apoio psicológico para superação do trauma e orientação jurídica, quando solicitada pela vítima, num trabalho integrado com a Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania. O Programa de Atenção Integral às Vítimas de Violência Sexual (Paivas), que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou em junho de 2002 já atendeu, até agosto deste ano, 103 mulheres, a cargo de equipe multidisciplinar, com médico ginecologista, psicóloga, enfermeira, entre outros profissionais. O tratamento é gratuito e deu resultado 100% positivo em todas as vítimas atendidas até agora. O serviço nasceu de um trabalho conjunto da Coordenadoria de DST/Aids/ Hepatites e Coordenadoria da Mulher e por ele já passaram crianças, adolescentes e até mulheres idosas, mas a faixa mais crítica é a de jovens com idade entre 12 e 18 anos. Segundo a coordenação do programa, já foram atendidos casos de bebê de um ano e de senhora de 60 anos. 72 HORAS Quem sofre abuso sexual deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. Até 72 horas depois da agressão o método contraceptivo de emergência pode evitar a gravidez e a profilaxia pós-exposição cuida da prevenção de DSTs, Aids e hepatites. O atendimento às pessoas que sofreram algum tipo de violência sexual é feito, em tempo integral, no Hospital Maternidade Silvério Fontes (Rua Barão de Paranapiacaba, 241, Encruzilhada) e no Paivas (Rua Conselheiro João Alfredo, 60) de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h. Informações podem ser obtidas pelo telefone 3223-8893. Quem deixou passar o período de 72 horas também pode procurar o programa para receber orientação em caso de necessidade de aborto (regulamentado pelo Ministério da Saúde) e apoio psicológico. Casos de abusos cometidos com menores de idade são encaminhados paralelamente ao Conselho Tutelar. As mulheres vítimas de violência são conduzidas, se necessário, à Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania (Seac), que possui equipamentos e programas especializados que complementam o atendimento. O anonimato é garantido às pessoas que procurarem o ambulatório.