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Programa contra o cigarro ganha novos aparelhos para medir intoxicação

Publicado: 6 de julho de 2015
12h 00

Três monoxímetros (aparelhos que medem a densidade de monóxido de carbono no organismo) já se tornaram aliados no combate ao fumo em Santos. A Prefeitura adquiriu os novos equipamentos que já estão em uso nos cerca de 90 pacientes atendidos pelo Programa Municipal de Atenção Intensiva ao Tabagista, desenvolvido pela Secretaria de Saúde.

Também conhecido como 'bafômetro do cigarro', o aparelho fornece o resultado imediato da densidade de toxinas que o fumante acumula no pulmão. Ele é usado pela equipe multidisciplinar do programa após o cadastro do paciente, no momento da triagem, quando é feita entrevista detalhada. Durante as sessões também é aplicado, sempre que o médico solicitar.

“Trata-se de um importante instrumento para realização de testes com fumantes e fumantes passivos, para alertar sobre os perigos do cigarro, motivar a interrupção do vício e ajudar a ter uma vida mais saudável sem cigarro”, afirma o responsável técnico do programa, o enfermeiro Renato Aparecido Dutra Matos, ressaltando que um cigarro convencional contém 4.720 substâncias tóxicas.

Pacientes aprovam

O aparelho conta com bocais descartáveis. O paciente prende a respiração por dez segundos e depois expira o ar pela boca em um canudo, ligado ao aparelho. Na policlínica do Embaré, o administrador de imóveis Lincoln Alvarez Pontes, de 61 anos, foi um dos primeiros a utilizar o monoxímetro, na última quinta-feira (2). “É importante esse lado técnico, saber o que acontece com seu corpo, ter esse acompanhamento”.

Fumante há 46 anos, ele participa há três semanas da iniciativa e vem diminuindo o hábito gradativamente. "De 25 cigarros por dia, agora fumo apenas dois". Quem também teve a densidade de monóxido avaliada foi a dona de casa Maria Leonora Gomes (44 anos), do Estuário. “É uma coisa a mais para a gente ficar motivada a se livrar do cigarro”, diz ela, que fuma desde os 13 anos. Munícipes interessados, maiores de 18 anos, devem ir a uma policlínica com o cartão SUS.

Composições químicas do cigarro

- Naftalina (usada como antitraça e veneno para afastar baratas);
- Formol (conservador de cadáveres);
- Cádmio (metal altamente tóxico, presente em pilhas e baterias);
- Amônia (para limpeza pesada);
- Acetona (utilizada na remoção esmaltes); 
- Fósforo (mata ratos);
- Methoprene (inseticida contra pulgas); 
- Pólvora (explosivo);
- Xileno (cancerígeno presente em tintas spray).

Nível de CO (gás carbônico)

Acima de 20 CO (ppm – partes por milhão): fumante pesado
Entre 11 e 20: fumante
Entre 7 e 10: fumante leve
Entre 1 e 6: não fumante

O programa atende nas seguintes unidades: Policlínica Embaré (Praça Coronel Fernandes Prestes s/nº); Policlínica Gonzaga (Rua Assis Correa, 17); Policlínica Ponta da Praia (Praça José Rebouças s/nº); Policlínica PA-Nova Cintra (Rua José Odeas Barbosa s/nº); Ambesp Centro (Av. Conselheiro Nébias, 199) e Ambesp Zona Noroeste (Rua Professor Luiz Gomes Cruz s/nº). 

E nas novas unidades: Policlínica Vila Mathias (Rua Xavier Pinheiro, 284); Policlínica Aparecida (Rua Alexandre Martins, 103).

Foto: Francisco Arrais