Profissionais das policlínicas de Santos são capacitados sobre o aleitamento

“Amamentação que acolhe: saberes, práticas e conexão desde o início da vida” foi a palestra realizada, nesta quinta (7), na Escola da Saúde de Santos a profissionais que atuam na assistência às gestantes e puérperas nas policlínica.

A troca de conhecimento foi liderada pela enfermeira Andressa Martinez, especialista em aleitamento materno da Secretaria de Saúde. Ao todo, cerca de 110 profissionais passaram pela capacitação, divididos em duas turmas.
Várias técnicas foram transmitidas, voltadas à desobstrução das mamas; posição correta da boca do bebê no seio e no colo da mãe e ordenha própria do leite.

Foram também compartilhados novos conhecimentos e debatidos processos atualmente considerados ultrapassados. Um dos destaques foi a atenção à saúde da jovem, desde a puberdade.

“O desenvolvimento daquela jovem afeta a amamentação quando ela tiver um neném. Sempre perguntamos como era a alimentação e o peso na adolescência, pois influencia na nossa avaliação”, afirmou a enfermeira, explicando que a fase de início da puberdade é um critério importante para mediar as possíveis complicações na saúde da mulher quando for gestante.

HUMANIZADO

O atendimento humanizado nas unidades de saúde também foi enfatizado. Devido ao estresse, medo ou insegurança, comuns da gestação ao pós-parto, é necessário criar um ambiente receptivo e uma relação que acolha tanto a gestante, quanto a puérpera.

Além de participar do Clube de Profissionais do Aleitamento do Brasil, Andressa esteve também presente Congresso Nacional de Aleitamento Materno, em fevereiro, que recebeu cientistas e pesquisadores de todo o mundo. Parte dos temas debatidos nesses fóruns foram trazidos para a capacitação em Santos. A profissional enfatizou que o município de Santos é, no Brasil, uma referência em termos de incentivo ao aleitamento materno.

OPINIÕES

Ao final, os participantes esclareceram dúvidas e trocaram experiências. Solange Lima, técnica de enfermagem da unidade da Vila Gilda explicou a necessidade dessa palestra e em como ela auxilia no cuidado das mães e bebês. "É importante termos atualização para que haja mais eficiência no nosso atendimento, até porque, quando cuidamos de uma mãe, cuidamos de uma família inteira. Tanto o ambiente de atendimento quanto no próprio lar ficam mais leves, e a mãe amamenta melhor", explicou.

“O ideal é não ser um local apenas para que todos ouçam, mas para que haja uma troca de experiências”, concluiu Ariane Carneiro, coordenadora de Atenção Primária à Saúde.
 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS

Fotos: divulgação