Professores aprendem sobre anemia falciforme
Professores da rede municipal participaram na quarta (12), na Associação dos Médicos de Santos, de workshop sobre anemia falciforme e saúde da população negra. A aula foi promovida pela SMS (Secretaria de Saúde) para esclarecer dúvidas e destacar os sintomas desta doença hereditária do sangue que atinge 1.500 recém-nascidos por ano no Brasil, na sua maioria negros e afro-descendentes. A hematologista do Hemonúcleo de Santos, Rosângela Maria dos Santos, falou da estrutura da doença, o modo como ela se manifesta e os efeitos que causa nos portadores. A médica enfatizou ainda a importância da capacitação. 'Não é para cumprir o papel de médico. Os professores devem conhecer a doença, ser mais tolerantes e ajudar na diminuição dos seus efeitos', explica. Muitas crianças e adolescentes apresentam dificuldades em se concentrar, acompanhar as aulas e manter a freqüência na escola. Porém, a maioria dos professores não sabe que alguns desses estudantes podem ser portadores de anemia falciforme, que provoca uma série de complicações e afeta o desempenho na escola. Para a professora da escola municipal Dr. Alcides Lobo Viana, Maria Ângela Pizarro Fernandes Reis, esse tipo de palestra é extremamente produtiva: 'É muito importante para entendermos melhor a doença. Já tive um aluno portador da doença e não sabia direito como lidar'. E completa: 'A criança passa mais tempo na escola do que em casa. Às vezes os pais não percebem as alterações. Nós identificamos problemas de visão e concentração e temos que ajudar'.