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Procissão de são pedro será realizada amanhã, às 15horas

Publicado: 28 de junho de 2002
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Amanhã (30), às 15 horas, quando a procissão marítima de São Pedro sair da Ponte Edgar Perdigão, na Ponta da Praia, a Prefeitura de Santos estará resgatando uma das mais antigas tradições turísticas e religiosas da Cidade. A Festa - que surgiu em Santos com a vinda dos imigrantes italianos, na grande maioria pescadores, no final do século 18 – há dez anos não era realizada. O cortejo que levará as imagens de São Pedro e de Nossa Senhora dos Navegantes seguirá até a altura do Canal 4, onde será realizada a benção dos anzóis pelo bispo diocesano de Santos, Dom Jacyr Braido. Na seqüência, as embarcações voltarão até o atracadouro do Ferry-boat, em frente à Estátua do Pescador. Aí, as imagens serão desembarcadas e seguirão, em procissão por terra, até a Igreja dos Nagevantes. Na rua ao lado (Ministro Daniel de Carvalho), entre a Av. Saldanha da Gama e a Rei Alberto I, o bispo emérito Dom Davi Picão celebrará uma missa campal. O tráfego marítimo da área por onde passará a procissão será interditado. A Capitania dos Portos enumerou algumas precauções úteis para quem for participar do cortejo, entre elas, a de não viajar no passadiço (casaria de comando), tangones, tolda (teto do passadiço), mastros ou pendurados na borda. Também é proibido soltar fogos das embarcações, jogar lixo no mar, atirar-se na água e consumir bebidas alcoólicas. Deve ser evitado ainda a concentração de pessoas de um mesmo lado do barco. A velocidade máxima permitida é de cinco nós e as embarcações devem manter uma distância de 20 metros da embarcação que conduz as imagens. HISTÓRICO – A Festa de São Pedro surgiu com a vinda para o Brasil de imigrantes do sul da Itália, mais precisamente de Santa Maria di Castellabate, província de Salerno. Eles trouxeram de lá a devoção à Nossa Senhora, sob o título de Santa a Mare, celebrando a data em 15 de novembro. Para nós brasileiros, Santa a Mare corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes. Como os imigrantes eram ligados a atividades relacionadas à pesca, começaram a associar as duas devoções: à Nossa Senhora dos Navegantes e São Pedro, tido como o padroeiro dos pescadores. Daí a festa passou a ser celebrada no dia 29 de junho. Inicialmente era organizada, espontaneamente, por famílias de imigrantes, destacando-se as famílias Di Gregorio. O momento mais importante da procissão era quando todos os barcos paravam por alguns minutos para a benção dos anzóis que, em seguida, eram lançados ao mar, como uma forma de oração, para pedir que o trabalho dos pescadores fosse abençoado. Também havia premiação para os barcos que estivessem melhor enfeitados. No seu auge, no início da década de 90, chegou a reunir mais de 100 barcos. Depois, por motivos de segurança e receio de algum acidente, passou a ser realizada por terra.