Prevenção é o melhor aliado dos alérgicos contra mudança climática

O tempo muda, a temperatura despenca ou sobe rapidamente e logo começam os espirros contínuos, a obstrução nasal e as coceiras no nariz, na garganta ou nos olhos. Essa tem sido a rotina das pessoas que sofrem de rinite ou asma alérgica. Para tratar dessas doenças crônicas, nada melhor do que a prevenção, segundo a alergologista da SMS (Secretaria de Saúde), Luciana Sacconi. Confundir os sintomas de gripe e resfriado é o mais comum de acontecer, mascarando as crises alérgicas. "A gripe gera mal-estar, febre e o resfriado ainda tem sintomas mais parecidos com alergias, embora aconteça em intervalos maiores de tempo, diferente da alergia que pode aparecer toda semana", explicou. Os alérgicos são na verdade hipersensíveis das vias aéreas e seus organismos reagem de uma forma mais violenta às mudanças climáticas, segundo a médica, que tem percebido o aumento gradativo de pessoas com alergias. "Além da mudança climática, isso se deve à poluição do ar, ao fato de as pessoas não viverem tanto ao ar livre e ao quesito hereditário", acrescentou. O ideal é manter a rinite ou asma alérgica sob controle, o que pode ser obtido com uso de antialérgicos nasais, orais e inalatórios e a prática de exercícios ao ar livre. Outras recomendações – Além de evitar a fumaça do cigarro, cheiros de tinta ou perfumes muito fortes, o alérgico deve estar sempre em ambientes higienizados, bem ventilados e que tome sol para evitar fungos. O pano úmido é o ideal para a limpeza, ao contrário da vassoura que espalha o pó e do aspirador, que pode até reter a sujeira, mas o seu filtro não limpa o ar totalmente. Segundo a alergologista, a casa de uma pessoa alérgica deve estar livre do carpete, tapete, das pelúcias e outros objetos que acumulam pó e ácaro. As dicas são o uso das capas protetoras de colchões e travesseiros.