Prefeituras unem-se para buscar mais recursos para a saúde
Os prefeitos das nove cidades que compõem a Região Metropolitana da Baixada Santista decidiram unir-se na busca de mais recursos federais e estaduais para serem aplicados com urgência na área da Saúde. A estratégia envolve inclusive os deputados federais e estaduais eleitos na região. Os prefeitos pretendem ir a Brasília para solicitar ao Ministério da Saúde novo teto para as verbas destinadas aos nove municípios. A decisão foi tomada, nessa terça-feira (22), durante a 85ª reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), em Mongaguá. Uma reunião extraordinária do Conselho foi marcada para o próximo dia 7, na Prefeitura santista, quando representantes de sete municípios deverão apresentar os índices relativos à Programação Pactuada Integrada (PPI). Até o momento, apenas Santos e Cubatão divulgaram tais informações. Os dados e o levantamento da demanda reprimida serão os argumentos utilizados na reivindicação dos recursos. Atualmente, o Orçamento de Santos destina R$ 1 milhão e 100 mil por mês para cobrir as despesas na Saúde, geradas por pacientes de outras cidades da região. Um exemplo: 70% dos partos na maternidade Silvério Fontes referem-se a gestantes de outros municípios. Um relato sobre a situação da PPI na Baixada foi apresentado por Gilberto Simão Elias, da Direção Regional de Saúde (DIR) XIX, que destacou a necessidade de cada município arcar pelo menos com a atenção básica ampliada, que inclui atendimento em prontos-socorros, clínicas básicas, vigilância sanitária e saúde da família. A questão do Hospital Regional de Itanhaém, ainda fechado e sem equipamentos básicos para funcionar, também foi levantada no encontro, pois existe verba federal de R$ 1 milhão que deveria ter sido liberada há um ano. Na reunião, o prefeito de Mongaguá, Artur Parada Prócida, foi escolhido para presidente do Codesb e Gilberto Elias, vice. FUNDO Também foi aprovada a proposta de destinação mensal de R$ 295.333,32 para o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista. Metade do montante será assumido pelo Estado e o resto pelos nove municípios, com rateio proporcional ao número de habitantes. O dinheiro será aplicado em projetos de interesse metropolitano, como a construção de postos de informações turísticas nas cidades.