Prefeitura realiza monitoramento das áreas invadidas
O Departamento de Assuntos Comunitários da Zona Noroeste (Deac-ZNo) prossegue monitorando os terrenos daquela região da Cidade invadidos por famílias, desde sábado (21), que reivindicam a construção de moradias populares. As áreas particulares pertencem a proprietários que, após terem sido comunicados das ocupações irregulares, compareceram ao 1º Distrito Policial para registrar um Boletim de Ocorrência. As áreas invadidas estão localizadas na Rua Pedro Paulo de Giovani, no Jardim Santa Maria, e no Caminho São Jorge, na Caneleira. Os invasores ergueram algumas barracas e mantêm vigília permanente no local aguardando a possibilidade de negociarem a aquisição das áreas diretamente com os proprietários. O Deac-ZNo desenvolve o Programa de Congelamento de Favelas e está orientando os invasores a buscar o Conselho Municipal de Habitação para discutir o tema de falta de moradia. De acordo com os técnicos do programa está em vigor um acordo com o Ministério Público que impede instalações das redes elétrica e de água em áreas invadidas. O trabalho organizado também é defendido pelo presidente do Conselho Popular dos Movimentos de Moradias da Baixada Santista, José Carlos da Silva. O órgão encaminhou nota oficial à Cohab Santista explicitando que não incentiva nenhuma ação de invasão. Se existem os Conselhos é porque há um espaço específico para a discussão organizada. Por este motivo, não é necessário invadir espaço algum. Nós estamos trabalhando de maneira ordeira e desconhecemos estes movimentos que efetuaram a invasão. Na verdade, eles surgiram do dia para a noite, fala José Carlos. O terreno invadido no Jardim Santa Maria apresenta ainda mais um complicador: está nas proximidades de um rio e possui restrições, o que impede a construção de moradias em razão de ser área de preservação ambiental. Inclusive, para verificar a situação ambiental nas áreas invadidas, uma equipe de oito integrantes do 3º Batalhão da Polícia Ambiental fiscalizou as áreas durante toda essa quinta-feira (26). Encontramos alguns cortes de vegetação mas até o momento não há nada que caracterize crime ambiental. De qualquer forma, vamos continuar o trabalho de fiscalização dos locais diariamente, até que o problema da invasão esteja solucionado, explicou o 2º. Sargento Ailton Válido, que comandou a equipe.