Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Prefeitura não registra transmissão vertical de Aids há quatro anos

Publicado: 21 de março de 2013
18h 00

Há quatro anos Santos não registra nenhum caso de contaminação do vírus HIV de mãe para filho (chamada transmissão vertical), entre as gestantes que fazem pré-natal especializado na rede de saúde da prefeitura. O resultado é fruto de programa de apoio clínico e psicossocial que se inicia no diagnóstico precoce, passa pelo acompanhamento durante a gestação, ocorre no parto e segue após o nascimento dos bebês.

A porta de entrada do serviço de saúde para todas as gestantes é a unidade básica ou de saúde da família, onde já na primeira consulta é solicitado o exame de doenças sexualmente transmissíveis. Quando detectado o HIV, ela é encaminhada para fazer o pré-natal na Senic (Seção Núcleo Integrado de Atendimento à Criança), onde será atendida por equipe multidisciplinar. A atenção é dirigida também ao parceiro, que é estimulado a fazer o exame e o tratamento, se for necessário, e acompanhar o pré-natal.

Diagnóstico precoce é decisivo
Algumas etapas são decisivas para diminuir a chance de transmissão do vírus para o bebê. A gestante deve tomar o antirretroviral (medicamento par tratar e tentar eliminar o vírus); deve ser administrada medicação especifica no momento do parto; o bebê deve tomar xarope de antirretrorival durante os primeiros 42 dias de vida e a mãe não pode amamentar. A medicação e o leite em pó são fornecidos gratuitamente pela prefeitura.

“Todas as mulheres têm o direito de fazer os exames e o serviço público de saúde tem o dever de solicitar. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de reduzir o risco à criança”, explica o ginecologista e obstetra João Carlos Francez, que atende na Senic. Atualmente dez mulheres estão em acompanhamento. O último caso de transmissão vertical registrado entre as gestantes acompanhadas pela unidade foi há quatro anos, e ainda assim com uma usuária de drogas, que não seguiu as recomendações médicas.

Atá dois anos
O primeiro exame para detecção da Aids é feito aos dois meses de vida. Aos dezoito é possível um diagnóstico definitivo. Ainda assim, a criança é acompanhada até os dois anos. A eficácia gira em torno de 98%, o que quer dizer que de cada 100 nascimentos, pelo menos um ainda pode se infectar. No caso de gestantes que só iniciam os cuidados na hora do parto, a chance de infecção é maior.

Prevenção é o melhor caminho
O melhor caminho é sempre a prevenção. Todas as unidades básicas de saúde oferecem preservativos, gratuitamente. No CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), além da camisinha, também é possível fazer exames. O atendimento é sob sigilo. A unidade funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h, na rua Silva Jardim, 94. Exames são colhidos até as 16h. Há, ainda, o telefone 3229-8797 para quem que receber orientação.