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Prefeitura, fams e governo da frança lançam livro o monumento aos andradas

Publicado: 21 de agosto de 2006
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A saga que envolveu a construção do monumento aos irmãos Andradas, que mudou o perfil do Gonzaga, alavancando melhoramentos urbanos e o próprio desenvolvimento do bairro, é o tema central do livro a ser lançado oficialmente na sexta-feira (25), pela Prefeitura e Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams). A solenidade está marcada para as 16 horas, no Salão Nobre do Paço, com a presença de secretários de Estado e do cônsul geral da França em São Paulo, Jean-Marc Gravier. Escrito pelas historiadoras Ana Cláudia Fonseca Brefe, vice-presidente da Association Internationale des Musées d’Histoire (AIMH), e Myriame Morel-Deledalle, diretora do Museu de História de Marselha, o livro O Monumento aos Andradas foi produzido ano passado pela Fams, em comemoração ao seu 10º aniversário, em parceria com a Prefeitura, Région Provence-Alpes-Côte d’Azur (França) e AIMH, além de apoio cultural de A Tribuna. HISTÓRIA Em 94 páginas e edição bilíngüe (português-francês), o livro destaca também a história do arquiteto Gaston Castel e do escultor Antoine Sartorio, artistas franceses que deram à Companhia Constructora Santista o primeiro lugar no concurso público internacional para a construção do monumento em homenagem aos irmãos Andradas. A obra inseria-se nas comemorações do centenário da Independência, em âmbito estadual e o concurso foi promovido pela Comissão Executiva do Monumento a José Bonifácio, cuja criação recebeu a aprovação da Câmara local em 1893, mas só começou a atuar 22 anos depois, com a publicação de seu estatuto no Diário Oficial do Estado. De acordo com publicações da época, 11 maquetes integraram a exposição pública dos projetos, realizada em um armazém do Estado, de setembro a outubro de 1920. O projeto da Companhia Constructora Santista, de Victor Brecheret, Nicola Rollo e de Giulio Starace, mobilizou a opinião do público e da crítica especializada. LOCAL Dentre as várias curiosidades, o livro destaca que o monumento deveria ser erigido na Praça José Bonifácio, conforme especificava o edital. Coube a Roberto Simonsen, presidente da companhia santista, argumentar em favor da então Praça Marechal Deodoro, no Gonzaga, apresentando, entretanto, duas maquetes – uma para cada local – para serem apreciadas pela comissão. A pedra fundamental do monumento foi assentada em agosto de 1921 na presença do então presidente da República, Epitácio Pessoa, e de Washington Luis, presidente de São Paulo, a quem coube inaugurar o conjunto escultural, em 7 de setembro de 1922, nas comemorações do centenário da Independência do País.