Prefeitura e IPT iniciam atualização de áreas de risco
Técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e da Defesa Civil de Santos iniciaram nesta segunda-feira (10) a primeira etapa da atualização das áreas de risco nos 17 morros da cidade. O ponto de partida foi o reconhecimento do local e montagem do plano de voo para fotografar a região do levantamento. A equipe visitou os morros do José Menino, Santa Terezinha, Marapé, Jabaquara, Nova Cintra, Caneleira e Vila Progresso.
O sobrevoo deve ser realizado em dois dias entre outubro e novembro, com fotografias das áreas de risco. Depois, os técnicos retornam aos locais para mais uma visita de campo.
Segundo o geólogo Eduardo Soares de Macedo, do IPT, são observados fatores como relevo, inclinação da encosta, tipo de solo e localização das casas. "O estudo visa minimizar, eliminar ou prevenir o risco de deslizamentos nos morros em Santos, que já possui tradição e boa estrutura no trabalho de prevenção e de fiscalização dessas áreas".
A partir das informações, terá início a atualização do Plano Municipal de Risco, estudo que aponta a classificação das áreas de acordo com quatro níveis de risco: baixo, médio, alto e muito alto.
O levantamento será usado pela Defesa Civil a partir de 2012, para evitar ocorrências nos morros, especialmente durante o período de chuvas.
Segurança
O mapeamento mostrará ainda as intervenções necessárias para tornar as áreas mais seguras, que vão de obras ao deslocamento de moradores. "Todo esse trabalho tem a meta de dar mais segurança à população", diz o engenheiro Ernesto Tabuchi, da Defesa Civil. O estudo nos morros servirá ainda a outros setores da prefeitura, como planejamento e meio ambiente.
A atualização do mapeamento das áreas de risco é resultado de convênio entre a prefeitura e o governo do Estado. O investimento é de R$ 218.200,00, com contrapartida do município de R$ 111.800,00. Os morros da cidade concentram cerca de 35 mil moradores. Há 11 anos não há registro de acidente com vítima fatal nessa região.