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Prefeitura decreta luto oficial em homenagem ao papa

Publicado: 4 de abril de 2005
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Em razão do falecimento do papa João Paulo II, na noite desse sábado (2), em Roma, a Prefeitura decretou luto oficial por sete dias. Representantes da Administração Municipal participaram da missa em homenagem póstuma ao sumo pontífice, celebrada na manhã de domingo, na Catedral, pelo bispo diocesano Dom Jacyr Braido, reunindo autoridades e fiéis. Em sua homilia, Dom Jacyr Braido enalteceu à figura carismática do Santo Padre como uma das personalidades mais marcantes do mundo. "Ele foi o maior papa do século XX e certamente um dos melhores da história com três características principais: intenso amor a Jesus; grande espírito missionário, levando a todas as partes do mundo a mensagem cristã de fé, amor e conforto, e foi aberto à discussão de problemas polêmicos e humanos de hoje". O bispo emérito de Santos, Dom David Picão, que também participou da missa com os padres José Paulo, Ronaldo e Emanuel, frisou que "todos nós temos uma missão a cumprir e estamos nas mãos de Deus. O papa recebeu a missão de Jesus, cumpriu-a com brilhantismo e, agora, volta para junto de Deus". Já para o ex-presidente e atual diretor regional do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, José Rodrigues, que professa a religião espírita, João Paulo II foi o Homem do Século. "Ele nasceu na Polônia e fez de tudo. Foi operário, esportista, viu à 2ª Guerra Mundial, o fim da Guerra Fria, e como papa, fez uma limpeza na relação da Igreja católica com outras religiões, em especial com os ortodoxos, judeus e muçulmanos". O PAPA DOS PAPAS Karol Josef Wojtyla era o nome de batismo do papa João Paulo II, que nasceu em 18 de maio de 1920 na cidade de Walowice, uma aldeia perto da Cracóvia, na Polônia. Filho de um oficial do exército polonês e de uma dona de casa, o jovem Wojtyla sempre se destacou pelo estilo arrojado e personalidade forte. Na juventude praticou futebol, remo e esqui. Trabalhou como operário e foi ator de teatro amador. Mais tarde, ingressou na Faculdade de Literatura e Filosofia da Universidade de Jagiellonion. Viveu momentos dramáticos durante a 2ª Guerra Mundial, com a ocupação alemã na Polônia, quando perdeu parentes e amigos, inclusive o pai. Wojtyla deu uma guinada na vida ao ingressar na carreira religiosa, ordenando-se padre em 1946. Completou o doutorado em filosofia em 1948, quando foi professor da Universidade Católica de Dublin. A partir daí, começou sua escalada rumo ao Vaticano. Sempre sintonizado com os problemas do mundo, Wojtyla foi nomeado bispo auxiliar da Cracóvia em 1958 pelo papa Pio XII e, depois, arcebispo em 1964 e, em 1967, cardeal. Em 1971 foi eleito para o Conselho da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos; em 1978, escolhido o 264° papa e, em homenagem ao seu antecessor, adotou o nome de João Paulo II. Foi o primeiro papa não italiano depois de 456 anos. João de Deus deixa seu nome registrado como um dos maiores papas da História e como Homem do Século. Foi um pacificador, viajou por mais de 100 países, levando o Evangelho de Cristo e se diferenciou dos demais, fazendo o mea culpa da Igreja por alguns fatos históricos, reconciliando-se com judeus, ortodoxos e islâmicos. João Paulo II morreu aos 84 anos, depois de 26 anos de papado.