Prefeitura aguarda liberação de quatro armazéns no valongo

A integração do Porto à Cidade, uma luta que vem sendo desenvolvida pela Prefeitura, está prejudicada nos últimos meses diante do impasse criado pela Codesp na cessão de quatro armazéns localizados na área do Valongo, como parte do projeto de revitalização e preservação do Centro Histórico de Santos. A transferência dos armazéns 1, 2, 3 e 4 permitirá que a Cidade ganhe um novo complexo turístico, cultural e empresarial no local com a ocupação da área nos mesmo moldes dos projetos de Puerto de Madero, em Buenos Aires, e da Estação Docas do Porto de Belém, que recuperou três velhos armazéns, cedidos pela empresa estatal do Pará, e transformou o local em um centro de arte, preservação histórica, gastronomia, lazer e turismo. Em novembro do ano passado, a Codesp se manifestou, por meio de sua assessoria de imprensa, que iria se pronunciar oficialmente em dezembro sobre o assunto, se cederia ou não os equipamentos. Apesar da insistência por parte da Administração Municipal nesse sentido, nenhuma decisão foi tomada até agora, prejudicando a Cidade que não pode transformar o local em um centro de entretenimento. A Prefeitura já formulou um protocolo de intenções com a Codesp, desde o ano passado, para caso os quatro armazéns serem cedidos, oficializar junto ao Governo Federal o modelo de transferência do equipamento para a Administração Municipal, a fim de implementar o projeto de revitalização na área, que contará com a instalação de lojas, restaurantes, lanchonetes, escritórios e outros atrativos turísticos e culturais. No entanto, de acordo com informações obtidas junto a diretores da estatal, a cessão só não foi conseguida devido a intransigência de alguns diretores da Codesp que se manifestaram contrário a transferência dos armazéns, sem explicar o motivo da recusa. Na última reunião de diretoria, a maioria dos dirigentes foi favorável à medida, enquanto que apenas dois deles não votaram a favor. Diante do impasse criado por esses diretores, o chefe do Executivo está preocupado com o uso político que podem estar fazendo com a cessão dos armazéns. A Prefeitura vai continuar insistindo junto ao Governo Federal pela liberação do espaço no Valongo. Enquanto segue o impasse, a Cidade continua aguardando a liberação dos armazéns para ganhar mais um pólo de atração turística que trará novos investimentos para o Município e gerar empregos diretos e indiretos. JOSÉ DIRCEU DIZ QUE PORTO É PRIORIDADE Unidade, dentro do pluralismo e do debate democrático, como forma de resolução dos problemas do Porto e da Nação. Esta foi a tônica da fala do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que esteve, na última sexta-feira (11), participando do Santos Export 2003 – Fórum Nacional para Expansão do Porto de Santos, no Mendes Convention Center. Frisando que chegou a hora do Porto, José Dirceu disse conhecer as demandas do Porto de Santos e que assumiria o compromisso de torná-lo prioridade do Governo Federal. Assumo este compromisso: vamos trabalhar juntos. Precisamos de consenso para resolver todos os problemas. O Brasil é um país dos poucos que têm condições de desenvolvimento auto-sustentável; somos uma civilização nos trópicos, mais do que uma Nação. Com união, poderemos alcançar os resultados necessários, disse. Antes, o vice-representante do executivo, expôs a necessidade de se atacar os problemas da estrutura portuária, principalmente nos aspectos do sistema ferroviário, da necessidade de criação de um polo turístico e da construção da Avenida perimetral. O encontro que reuniu autoridades federais, estaduais e regionais, além de lideranças empresariais (agrobusiness, indústria, Porto e comércio exterior) foi uma iniciativa do Sistema A Tribuna de Comunicação, A promoção do evento foi das prefeituras de Santos, Cubatão e Guarujá; da Associação Comercial de Santos (ACS); do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) e do Porto de Santos -Autoridade Portuária.