Preço e qualidade devem ser observados na compra de ovos de páscoa
Diante da proximidade do domingo de Páscoa, a ser comemorado no próximo dia 27, grandes lojas e supermercados reservam desde fevereiro espaço especial para o produto mais consumido nesta época: os ovos de chocolate. Em várias formas e cores, os ovos chegam às prateleiras 10% mais caros em relação ao ano passado, segundo projeção da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). A expectativa é de venda de 19,5 mil toneladas de chocolates no país, o que representa cerca de 110 milhões de ovos. A maior oferta e variedade são os ovos de 200 gramas, para faixa de menor poder aquisitivo, e produtos com mais de 500 gramas. Mas na hora de comprar e consumir os ovos é importante alguns cuidados, conforme alerta o Centro de Informação, Defesa e Orientação Consumidor (Cidoc), em relação aos preços, condições do produto e forma de armazenamento. A Seção de Nutrição (Senutri), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), alerta sobre os malefícios do consumo exagerado. Nutritivo e saboroso, o chocolate é um alimento gorduroso (mais indicado para climas frios). Pode causar problemas de saúde, especialmente se houver excesso, desde diarréias até alergias. A ingestão de açúcar e glúten (presentes no chocolate) é proibida para portadores de algumas doenças, como diabetes. A quantidade de calorias varia conforme o tipo de chocolate e a matéria-prima utilizada no recheio. RECOMENDAÇÕES Pesquisar preços, evitar influência das crianças na hora da escolha e observar se os rótulos contêm data da validade, peso líquido e composição do produto. Estes são os cuidados apontados pelo Cidoc na hora da compra dos ovos de chocolate. Se houver brinquedos dentro do ovo, é importante observar se a embalagem tem o selo do Inmetro e idade recomendável. Ela deve estar em boas condições de armazenamento, longe de produtos de limpeza ou odor forte e de fonte de calor. Se o produto for comprado em banca de promoção, o fornecedor não será obrigado a trocá-lo, caso esteja amassado ou o brinquedo quebrado. Outra dica importante envolve os sinais de violação do conteúdo, tais como furos ou amassados. A embalagem protege o produto de insetos e de contaminação. Se o chocolate amolece, ocorre a separação da gordura e o produto acaba adquirindo coloração esbranquiçada e odor desagradável. Se o consumidor optar por ovos, bombons ou colombas de fabricação caseira, deve conhecer a cozinha e degustar o produto antes da compra. Os fornecedores artesanais precisam seguir as mesmas regras que regem a comercialização dos industrializados, inclusive fornecendo nota fiscal. O documento é a garantia do consumidor em caso de troca ou reclamação. CALORIAS A nutricionista Juliana Cabral Francisco de Oliveira lembra que o chocolate é alimento rico em calorias, composto por carboidratos, gorduras e pequena porção de proteínas. As calorias contidas numa barra de 45 gramas equivalem a três e meio pães franceses ou quatro copos médios de leite de 200 ml. Por isso, quem é obeso ou faz dieta deve evitar esse alimento, enquanto pessoas saudáveis devem consumir, no máximo, uma ou duas vezes por semana. Estudos comprovam que o cacau, base do chocolate, possui substâncias químicas que podem causar o mesmo tipo de sensação percebida em dependentes de álcool ou drogas. Uma barra produz uma sensação leve de bem-estar, afirmou a nutricionista. Mas o alimento tem seu lado saudável, pois contém substâncias com função antioxidante, protegendo o organismo dos radicais livres que aceleram o envelhecimento das células. E ainda magnésio, ótima fonte para a saúde dos ossos, dentes, funcionamento dos nervos, músculos e sistema imunológico.