‘Posso Cuidar?’ amplia atendimento para mais unidades de saúde
Como uma via de mão dupla, eles aprendem na prática o que conhecem nos bancos universitários e contribuem com o atendimento qualificado e humanizado na rede municipal de saúde. Propiciam aos usuários acolhimento, escuta e orientação. É o programa "Posso Cuidar?", implementado inicialmente nos três prontos socorros municipais, em 2014, e que desde outubro também é desenvolvido em unidades da Secretaria de Saúde (SMS) ligadas à Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas (CCDI).
No momento são 34 estagiários das áreas de Psicologia, Farmácia, Enfermagem e Biomedicina que atuam junto às equipes. Uniformizados, recepcionam pacientes de forma acolhedora, orientam e prestam informações; organizam fluxos de atendimento; e atuam na prevenção de conflitos. “O objetivo é também trazer a realidade do SUS para o estagiário, que têm a possibilidade de colaborar nos diversos atendimentos”, explica o coordenador de Formação e Educação Continuada, Everton Lopes Rodrigues, da SMS.
Os estudantes passam por capacitação, quando são abordados aspectos biológicos e éticos das doenças, e são supervisionados pela equipe técnica das unidades. Com carga de quatro horas, recebem bolsa-auxílio de R$ 499,95, mais auxílio-alimentação de R$ 167,20 e vale-transporte de R$ 5,80/dia. O contrato é de um ano, podendo ser renovável por mais um.
Atividades de convivência
Com dez pacientes internados, a Seção Casa de Apoio e Solidariedade ao Paciente de Aids (Secasa), da CCDI, conta com quatro estagiários. Em suas tarefas também estão o desenvolvimento de atividades de convivência, pintura, musicoterapia, jardinagem, jogos, roda de conversa e oficina de beleza junto aos usuários. “A chegada dos estudantes movimentou todo o cenário da Secasa. Eles proporcionam a primeira escuta, conversam, acalmam. São jovens e trouxeram mais integração aos pacientes e à equipe”, disse a chefe da unidade, Luzana Mackevicius Bernardes.
Estagiário de Psicologia, Vinicius Soares, 25 anos, vê na oportunidade o reconhecimento da capacidade de o estagiário auxiliar, mesmo de forma limitada, no tratamento dos pacientes. “Ao entrar em contato com eles, nos sensibilizamos com sua problemática e suas dificuldades, compreendendo melhor o que aprendemos”. Rennan Aquino, 19, estudante de Enfermagem, ratifica: “O trabalho propõe que trabalhemos com humanização e acolhimento, atitudes que o enfermeiro tem que ter. Ele precisa observar as particularidades do paciente e aqui acompanhamos muito bem. É uma oportunidade perfeita”.
Confira os locais em que os estagiários atuam:
- PSs Zona Noroeste, Zona Leste e Central
- Centro de Testagem e Aconselhamento
- Programa de Controle da Tuberculose de Santos
- Serviço de Atenção Especializada (SAE) – Adulto/Infantil
- Seção Casa de Apoio e Solidariedade ao Paciente de Aids (Secasa)
Universidades envolvidas: Unilus, UniSantos e Unimonte