Poda de árvores em Santos segue programação por bairro. Entenda como funciona
O serviço de poda de árvores em Santos atende a critérios logísticos, técnicos, emergenciais e legais. Sob esses princípios, cerca de quatro mil árvores são podadas por mês na Cidade, serviço que a Prefeitura realiza cumprindo agendamento por bairro, de forma a atender todas as vias do Muncípio.
Excluem-se da programação os casos urgentes, como as situações de ventos fortes, ocorrências de trânsito ou identificação de pragas que possam comprometer a estabilidade do vegetal, entre outros casos.
Neste mês, o atendimento está voltado aos bairros Vila Belmiro, Vila Mathias, Pompeia e São Manoel, enquanto em abril as equipes se dedicaram ao Marapé.
A poda é realizada por equipe própria e terceirizada, sob supervisão da Secretaria de Serviços Públicos (Seserp) e mediante avaliação, orientação, acompanhamento e gestão de engenheiros agrônomos da Coordenadoria de Paisagismo (Copaísa), e atende a todas as ruas independentemente de solicitações de munícipes, registradas na Ouvidoria.
“A poda de árvores nos espaços públicos é feita uma vez por ano, respeitando-se a regra de retorno após o ciclo vegetativo completo, que ocorre a um intervalo de, pelo menos, um ano”, explicou o secretário de Serviços Públicos Wagner Ramos. Os procedimentos, assim como remoções ou substituições, são realizados seguindo o que diz a lei complementar municipal que trata do manejo arbóreo.
INTERFERÊNCIAS URBANAS
O secretário observa ainda que as interferências do meio urbano demandam análise prévia do lugar onde o vegetal está. “É preciso sempre verificar situações como a presença de sinalização de trânsito e redes de energia, telecomunicações, gás, água, esgoto e de drenagem pública e particular”.
Os trabalhos de poda levam também em consideração as características da espécie, estado fisiológico, risco de queda, eventuais danos ao patrimônio público e privado, questões envolvendo a acessibilidade e a presença de galhos secos, podres, enfermos ou atacados por parasitas.
TIPOS DE PODA
De acordo com o engenheiro agrônomo Ernesto Tabuchi, da Prefeitura, há dois tipos de poda: a de formação e a de condução. O primeiro envolve o corte de ramos epicórnicos (com ligação deficiente com a base) e galhos baixos, enquanto a poda de condução é aquela em que os cortes são realizados em toda a extensão da copa, reduzindo-se o volume da árvore.
“Entretanto, são realizados também outros tipos de poda, caso o vegetal apresente risco de queda ou instabilidade, danos ao patrimônio ou ocasionados por choques mecânicos, questões envolvendo redes eletrificadas ou segurança no trânsito e, ainda, emergências”, explicou o engenheiro.
As podas denominadas drásticas, nas quais há uma redução considerável da copa da árvore, são realizadas exclusivamente nos casos de risco alto de queda do vegetal ou de acidentes com a rede energizada, ataque severo de enfermidades ou pragas, e danos irreparáveis ao patrimônio. “Mas essas situações envolvem menos de 4% do total de podas,” frisou o agrônomo.
RAÍZES
A poda de raízes, prosseguiu Ernesto Tabuchi, vem sendo abolida do manejo arbóreo. “Elas não são recomendadas em nenhum tipo de literatura técnico-científica, já que essa prática deixa a maioria das espécies suscetíveis à intensificação de ataques de pragas e enfermidades, além de aumentar muito o risco de queda”.
Atualmente, comentou o engenheiro, essa prática é aceita apenas na espécie conhecida como saboneteira, devido a suas características - nas demais, há apenas a condução (direcionamento) de raízes periféricas de não mais que cinco centímetros de diâmetro.
O engenheiro agrônomo frisa que as autorizações de manejo seguem os critérios da lei municipal e são emitidas exclusivamente pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam), que tem a competência de fiscalizar seu cumprimento, formular e atualizar a política de arborização da Cidade.
SERVIÇO
Solicitações envolvendo a arborização devem ser registradas na Ouvidoria, que atende também pelo telefone 162 ou pessoalmente no Paço Municipal (Praça Visconde de Mauá s/nº, térreo), de segunda a sexta, das 9h às 17h.