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Piratininga: 36 anos de tranqüilidade

Publicado: 10 de novembro de 2005
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O bairro Piratininga, que comemora nesta sexta-feira (11) 36 anos, fica num cantinho da Alemoa, quase na divisa com Cubatão. É composto por 256 casas cujos moradores têm o privilégio de desfrutar da tranqüilidade que já desapareceu de outros bairros de Santos. Quem mora lá tem a sensação de viver numa cidadezinha do interior, com apenas 1.200 habitantes, mas toda a infra-estrutura básica, como ruas asfaltadas e iluminadas e escola pública. O bairro surgiu em 1969 quando já era ocupado por 90 casas. Nos anos 70, o Banco Nacional de Habitação (BNH), hoje extinto, ergueu no local outras 160 moradias populares, casinhas geminadas, duas a duas, que ao longo do tempo foram reformadas e ampliadas. "Quando eu vim para cá era só lama, não tinha nada. Agora tem padaria, tem tudo. É um bairro gostoso", conta a aposentada Antônia Santana dos Santos, 85, no lugar há 36 anos. Há três anos, a dona-de-casa Lindalva da Silva Batalioto, 42, realizou o sonho da casa própria, ao financiar pela Caixa Econômica um imóvel no bairro. "Eu amo o Piratininga. Parece que eu já sou daqui há muito tempo. Aqui é sossegado e todo mundo é amigo", declara. O mesmo sentimento é compartilhado pelo militar reformado Antônio Dias dos Santos Barbosa, 68, que há 34 anos mora no número 65 da Rua Francisco R. da Silveira. "Ainda é um paraíso", admite. NOVIDADES O Piratininga foi beneficiado este ano com três projetos, sendo dois na área social e outro na educacional. A Emef José da Costa e Silva Sobrinho é uma das 32 unidades da Cidade onde é realizado o Programa Nossa Escola, que visa o aprimoramento do processo educativo e também o estreitamento dos laços familiares. As Emefs abrem nos finais de semana para realização de atividades educativas (como cursos, palestras e oficinas), esportivas e de lazer. Pais, alunos e comunidade participam. Já no âmbito social, em agosto o bairro ganhou um núcleo da Pastoral da Criança, que pretende acompanhar o desenvolvimento de 70 menores, com visita às famílias, pesagem e doação de remédios. A iniciativa é fruto da parceira com o Centro de Referência Social do Piratininga (CRS), equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas) que funciona na Sociedade de Melhoramentos (SM) do bairro. Outra novidade é a Padaria Artesanal implementada pelo Fundo Social de Solidariedade (FSS), também neste semestre. A iniciativa faz parte do Projeto de Geração de Renda e capacita multiplicadores de informação para atuar na comunidade. São ensinadas receitas de quitutes como bolos, pães, biscoitos, tortas e doces. As oficinas são gratuitas. Cada aluno recebe um livreto e a oportunidade de aumentar o orçamento doméstico.