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Piercing na língua causa malefícios à saúde

Publicado: 12 de março de 2009
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Cada vez mais comum entre os jovens, o uso de piercing em partes do corpo pode causar sérios danos à saúde, principalmente na língua, órgão que participa da deglutição, fonação e gustação, funções que podem ser prejudicadas pelo objeto. A ferida formada é agravada porque a cavidade bucal é úmida e abriga diversas espécies de bactérias, fungos e vírus. De acordo com a SMS (Secretaria de Saúde), o uso de material perfurocortante na língua só causa malefícios. "Não importa se o usuário tem higiene ou se o estabelecimento onde foi colocado é limpo e esterilizado. É aconselhável a não usar o objeto na língua", orienta o chefe do CEO (Centro de Especialidades Odontológicas) da Zona Noroeste, Vinícius André Rezende. Entre as doenças que o material pode causar estão fratura dental, retração e destruição gengival, úlcera traumática (lesão dolorosa que tem como principal exemplo a afta), tumor vascular benigno que sangra facilmente, mancha ou placa esbranquiçada aderida à superfície da língua, tumor benigno na forma de verruga, alteração da camada que recobre a língua, entre outras. Além disso, o trauma na mucosa bucal pode potencializar o surgimento de câncer. O consumo de álcool e fumo também aumenta a incidência desses malefícios. A assessora administrativa Juliana Guimarães, 29 anos, sentiu literalmente na pele os danos: em um ano quebrou três dentes inferiores. "Como ele fica solto na língua, eu mastigava e mordia o piercing. Quem usa recomendo que tire, porque chega uma hora que dá problema", disse. O monitor de educação, Alex Ribeiro, 29 anos, concorda. Embora tenha há dez anos um piercing na orelha, afirma que jamais colocaria um na língua. "A saúde bucal é bem delicada. Além disso, li matérias sobre câncer, não acho legal usar. Na orelha tenho bastante cuidado e sempre limpo com antisséptico". CONSCIENTIZAÇÃO No intuito de conscientizar profissionais da área de beleza, a prefeitura realizou, em novembro passado, seminário de atualização em esterilização. Também participou, em janeiro, da 1ª Tattoo Mix Convention, orientando os cuidados sanitários em estúdios de tatuagem, a legislação vigente e os riscos de transmissão de DST, Aids e Hepatites por materiais perfuro-cortantes. A Sevisa (Seção de Vigilância Sanitária), da SMS, também orienta os usuários a verificar se o estabelecimento possui licença de funcionamento, se há limpeza e se o material utilizado é esterilizado.