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Pesquisa com escolas municipais é apresentada em congressos internacionais

Publicado: 1 de julho de 2015
14h 19

Detectar e intervir nas dificuldades de linguagem e de comportamento em crianças de quatro anos em escolas municipais. Este é o objetivo do estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, juntamente com a Faculdade de Medicina da USP e a Prefeitura. O trabalho foi apresentado no último mês em dois congressos de psiquiatria, o primeiro em Bucareste, na Romênia e o segundo em Birmingham, na Inglaterra, pela professora da rede municipal Cristina de Andrade Varanda.

De acordo com a pesquisadora, quatro unidades foram envolvidas na ação: Leonor Mendes de Barros, Gemma Rebelo, Eunice Caldas e Antônio de Oliveira Passos Sobrinho. “Tivemos a participação de 180 crianças no total. A 'Leonor' e a 'Gemma' ficaram no grupo-controle, ou seja, foram avaliadas para termos os dados base. Já os alunos das outras duas escolas, além da avaliação, passaram pelas intervenções e atividades diversificadas, ministradas por educadores com formação em áreas como psicologia, novas tecnologias, psicopedagogia e fonoaudiologia”.

Durante os meses de agosto, setembro e outubro de 2014, foram realizadas as intervenções, com atividades de memória auditiva, localização, jogos diversos e também utilizando os tablets, para minimizar os problemas de linguagem e comportamento que podem aparecer no ingresso ao Ensino Fundamental. Depois deste processo, todas as crianças foram reavaliadas.

“É mais fácil ajudar o estudante quando o problema é detectado precocemente. Pais e professores também foram envolvidos na pesquisa e puderam acompanhar as atividades, além de receberem orientações”, disse Cristina. No final do ano, os resultados poderão ser conferidos. O trabalho ainda será apresentado em mais dois congressos: em Brighton, na Inglaterra, e outro em Portugal.

Experiência

O diretor da unidade Eunice Caldas, Vladimir Antônio Vladão Trombini, destacou a participação das famílias no processo. “Elas acompanharam e foram inseridas na ação. O trabalho foi muito importante”.

De acordo com a professora da mesma unidade, Ana Lúcia Fragoso, a iniciativa favoreceu o desenvolvimento dos pequenos. “Os recursos trazidos pelas pesquisadoras ajudaram bastante. Apesar do foco ser nas crianças com dificuldades, a ação acabou atingindo todos os alunos”.

A colega de trabalho, Elza Duarte Quintiliano, também parabenizou a pesquisa. “Problemas de fala e timidez, por exemplo, foram solucionados com as intervenções. Os pais adoraram e nós, professores, também”.

Foto: Francisco Arrais