Palestra em Santos destaca os caminhos da Arquitetura para uma cidade inclusiva
Em celebração ao 'Setembro Verde', movimento de conscientização sobre os direitos e a inclusão das pessoas com deficiência no Brasil, foi realizada na tarde de quinta-feira (25/9) a palestra “Do Desenho Universal às Políticas Públicas: Caminhos para uma Cidade Inclusiva”, no auditório do 5º andar do Paço Municipal.
A palestra, proferida pela arquiteta Juliana Cunha Carlini, da Secretaria Municipal de Obras e Edificações (Seobe) em parceria da Coordenadoria de Defesa de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência (Codep), ligada à Secretaria da Mulher, Cidadania, Diversidade e Direitos Humanos (Semulher), contou com a participação da coordenadora Cristiane Zamari.
INCLUSÃO NOS PRIMEIROS TRAÇOS
Uma cidade inclusiva é aquela que garante a todos os seus cidadãos, sem exceção, acesso aos seus espaços, infraestruturas e serviços, atendendo à diversidade de necessidades e promovendo a plena participação social, política e cultural. O ambiente físico e social precisa estar livre de barreiras, para favorecer a interação e o desenvolvimento de todas as pessoas, independentemente de sua idade, condição física, cognitiva ou socioeconômica. Por isso, quando o assunto é construção de equipamentos públicos, as soluções para a inclusão precisam começar a ser pensadas logo nos primeiros traços do projeto arquitetônico.
DESENHO UNIVERSAL
“Precisamos pensar nos espaços com base na Lei Brasileira de Inclusão (nº13.146 de 2015), trabalhando com o desenho universal, que foi criado na década de 80, nos Estados Unidos. O desenho universal não delimita o espaço do deficiente, ele propõe um espaço que atende a todos, deficientes ou não”, destacou a arquiteta Juliana Carlini, que assina diversos projetos de equipamentos do Município nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social em seu trabalho no Departamento de Planejamento de Obras (Depleo), da Seobe.
“Mas é importante frisar que construir caminhos acessíveis é um processo constante, de um olhar atento para a necessidade de todos, é um exercício, uma evolução permanente que os engenheiros e arquitetos devem buscar”, complementa Juliana Carlini.
Já a coordenadora da Codep, Cristiane Zamari, afirmou que as pessoas precisam entender a importância de eliminar as barreiras no dia a dia do deficiente. "O problema não está nas pessoas e sim nos ambientes" .
TROCA DE IDEIAS
Também participaram do evento a secretária municipal de Educação e vice-prefeita Audrey Kleys, que destacou a importância da troca de ideias para a transformação dos espaços e a inclusão, em especial nas escolas, e a arquiteta e urbanista Dayse Gonçalves, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, que relatou o projeto com o qual está trabalhando, de rotas acessíveis.
Esta iniciativa contempla os itens 4, 10 e 11 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade, Redução das Desigualdades e Cidades e Comunidades Sustentáveis. Conheça os outros artigos dos ODS