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Oficinas do Centro da Juventude constroem pontes sociais

Publicado: 13 de novembro de 2013
16h 45

As pontes concebidas pelos engenheiros usam ferragens e cimento. Já a Secretaria de Assistência Social aplica outra matéria-prima para erguer suas “pontes”: o humanismo. A professora de alongamento Vanessa Jesus Rodrigues Teodoro, diz que as estruturas de concreto conduzem as pessoas de uma margem à outra, enquanto as oficinas aplicadas no Centro da Juventude da Zona Noroeste (Bom Retiro) podem levar os alunos a outra condição de vida.

Vanessa ensina alongamento a 33 mulheres que passaram dos 40 anos e diz que sua “ponte” é feita de conhecimento e solidariedade. “Moro aqui no bairro, conheço as carências e a comunidade”. Ela não tem dúvida de que suas aulas vão além da saúde. “As alunas nos tratam como se estivéssemos fazendo um favor, e eu mostro que isto é um direito e que estamos apenas prestando um serviço”.

Maria Tereza Carvalho ministra aulas de balé no mesmo local para 25 jovens de 7 a 18 anos. No seu caso, a oficina não se limita ao campo artístico. “Não basta ensinar o passo de dança, é preciso alertar para os perigos das drogas, o assédio sexual, e enfrentar o preconceito”, diz Tereza.

Ela relata ter no grupo uma menina de 13 anos que carrega o estigma da exclusão social. “Nós mostramos que ela pode ser bailarina profissional, mas que se não tiver talento para isso, pode virar coreógrafa, diretora de dança, professora, ou atuar em um campo diferente da cultura, mas se sentir feliz e melhorar de vida”, diz Tereza.

Foto: Rê Sarmento