Oficina com jovens debate preconceito
Quatro personagens se veem trancados em uma sala. Eles não se conhecem e, aos poucos, descobrem que cada um está relacionado a um elemento da natureza e cada qual tem sua habilidade. Devido às diferenças, a relação é conflituosa no início, mas aos poucos eles percebem que só trabalhando de forma integrada podem sair da sala e encontrar a liberdade.
O texto que explora o universo do preconceito foi escrito pelos adolescentes que participam da oficina Teatro do Diálogo, uma das atividades aplicadas no Centro da Juventude da Zona Leste, unidade gerenciada pela Seas (Secretaria de Assistência Social). A montagem será exibida na própria unidade, em dezembro.
A professora Larita Monzani diz que a experiência ajudou os jovens a perceberem que, às vezes, eles são preconceituosos com eles mesmos, e cita como exemplo a insegurança relacionada ao primeiro emprego.
Alane Davina da Silva, 16 anos, uma das alunas, reconhece que teve momentos que duvidou de sua capacidade para trabalhar. Mas com a ajuda da docente, admitiu que estava sendo preconceituosa com ela mesma. Outro aluno, Victor Fernando Cabral Rodrigues, 16, diz que a aula o ajudou a tratar com situações de discriminação. “Aprendi a lidar melhor com as diferenças, inclusive com os preconceituosos”.