Oceonógrafo aborda a variação do relevo da baixada santista
A Baixada Santista há 100 milhões de anos era uma vasta área de terras e rochas que abrigava animais pre-históricos como os vários tipos de dinossauros. O Oceano Atlântico não existia e o continente sul-americano era colado à África. A afirmação é do oceonógrafo da Unesp de São Vicente, Francisco Bucchmann Sekiguchi de Carvalho, que discorreu sobre o tema: Geormofologia da Baixada Santista, no domingo à tarde, dentro do Seminário 2008 Ano Internacional de Conservação da Terra. A palestra foi realizada no auditório do Aquário Municipal, na Ponta da Praia, e acompanhada por uma platéia formada em sua maioria por munícipes e turistas. Sekiguchi explicou que com o passar das eras geológicas, os continentes foram se afastando em razão de terremotos, maremotos, chuvas de meteoritos e a erupção de vulcões, provocando uma nova topografia. Tempos depois, a variação de relevos propiciou o surgimento das serras da Mantiqueira e do Mar e da faixa litorânea, entre outras. A Mata Atlântica é mais recente, de 50 mil anos. Na Baixada Santista formaram-se os manguesais e mananciais, com nova vegetação e outros tipos de animais que sobreviveram e se adaptaram aos novos tempos. Entretanto, a poluição e ação predatória do homem são problemas sérios que precisamos conter para preservarmos o meio ambiente, ressaltou o oceonógrafo. A programação contou ainda com as palestras Parasitologia sobre as Areias das Praias, proferida pela professora Silvana Rocha, da UniSantos; e O Amanhã dos Planetas abordado pelos biólogos Lucas Galante Gerótica e Maricene Santos dos Passos.