Obesidade: sempre é tempo de mudar
A obesidade já é considerada a grande epidemia do planeta e um dos maiores problemas de saúde pública dos nossos tempos. Pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou excesso de peso em 40,6% da população adulta do país. Na faixa etária pediátrica, estudos demonstram prevalências de excesso de peso que variam entre 10,8% e 33,8%, dependendo da região do país. Mas por que estamos tão gordos? A vida moderna, com pouco tempo para o preparo de alimentos e a era da globalização, com o modo de vida baseado na inatividade corporal frente às telas da TV e do computador, estimularam o sedentarismo e o consumo de alimentos industrializados, cada vez mais gordurosos e açucarados. Para alertar sobre a situação, estimular a prática de atividades físicas e incentivar a mudança de hábitos alimentares, diversos programas são desenvolvidos pela prefeitura, nas unidades de saúde e também nas escolas. O programa Alimentação Nota 10, realizado nas unidades municipais de educação (escolas e creches), orienta os pais e as crianças, desde cedo, sobre a importância de ingerir legumes, carnes magras, peixes, verduras e frutas. Além de conscientizar os alunos por meio de trabalhos pedagógicos em sala de aula, são oferecidas, na merenda, refeições balanceadas e nutritivas. Foi criado, inclusive, um balcão self-service para que os próprios estudantes habituem-se a montar um prato colorido e variado. ORIENTAÇÃO E MALHAÇÃO Para fazer as pazes com a balança é preciso motivação e força de vontade. A SMS (Secretaria de Saúde) oferece orientação nutricional em palestras mensais, nas Unidades Básicas, principalmente para idosos, hipertensos e diabéticos. Nos encontros, dicas sobre alimentos diet e light, sobre os males das frituras, embutidos e dos lanches prontos, produtos que têm excesso de gordura e sal e provocam aumento do colesterol e do triglicérides. Mas de 650 munícipes participam de atividades físicas coordenadas nas UBS por professores e estagiários de educação física e também freqüentam os projetos Deixe o Surf Mudar a Sua Vida, Remando com Saúde e Hidroginástica no Mar, desenvolvidos na orla da praia. AMBULATÓRIO DE OBESIDADE Como a tendência de obesidade é mais acentuada entre as mulheres (12% a 13%) do que entre os homens (7% a 8%) - e, por incrível que pareça, cresce mais rapidamente nos segmentos de menor poder econômico a Secretaria de Saúde criou o Ambulatório de Obesidade no Instituto da Mulher (Avenida Conselheiro Nébias, 439). Além de orientação nutricional, as pacientes recebem atendimento psicológico, ginecológico e de assistente social. Também participam de grupos, onde conversam sobre o problema, trocam receitas, dicas e experiências. MASSA CORPORAL O IMC (Índice de Massa Corporal) é uma forma de medir o grau de obesidade de uma pessoa. Através do IMC é possível saber se alguém está acima ou abaixo dos parâmetros ideais de peso para sua estatura. Para calcular o IMC, divida seu peso em quilogramas pela altura ao quadrado (em metros). Por exemplo, se você pesa 60 kg e mede 1,67m, você deve utilizar a seguinte fórmula: IMC = 60 ÷ 1,67² IMC = 60 ÷ 2,78 IMC = 21,5. Se o resultado for superior a 25, você apresenta sobrepeso. Já se ultrapassar 30 é considerado obesidade. A circunferência abdominal, medida com a fita métrica, também é outro dispositivo utilizado para avaliação de obesidade. É preocupante quando a medida é superior a 80 cm nas mulheres e a 94 cm nos homens. RISCOS DA OBESIDADE - Infarto agudo do miocárdio; - Derrames cerebral; - Alguns tipos de câncer; - Pedras vesículares (cálculos biliares); - Artrite; - Hipertensão arterial; - Diabetes; - Aumento do colesterol e do triglicérides; - Refluxo gastroesofágico.