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Novo material de prevenção contra aids e hepatites é divulgado à imprensa

Publicado: 2 de dezembro de 2004
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O design do material que será utilizado na Campanha Contra Aids e Hepatites em 2005 foi apresentado, nesta semana, pela Secretaria Municipal de Saúde à imprensa. Em entrevista coletiva concedida na quarta-feira (1º), abordando os resultados favoráveis dos últimos anos na luta contra a Aids, foi enfatizada a importância da continuidade das campanhas de prevenção, em vários segmentos da sociedade, sobretudo entre as mulheres, que tem sido o grupo mais atingido pela doença nos últimos anos, segundo tendência mundial. Em Santos, a proporção de casos é de dois masculinos para um feminino. Desde o início da epidemia, em 1984, até dezembro do ano passado, foram registrados 4.873 casos, sendo 3.407 em homens e 1466 em mulheres. O objetivo da nova folheteria é chamar a atenção da sociedade como um todo, na medida em que não há mais grupos de risco. Todas as pessoas são vulneráveis, mesmo mulheres de único parceiro e idosos. Com o slogan Todos contra a Aids, mostrando um exército formado por lacinhos (símbolo da solidariedade aos portadores do HIV) aparece a recomendação use sempre a camisinha e entre nessa você também, junto à figura de um preservativo. A importância do uso camisinha nas relações sexuais tem sido enfatizada em todas as campanhas, já que é uma das formas mais seguras para se evitar a infecção. Em Santos, 45,66% dos casos atingem pessoas com escolaridade de 1ª a 4ª série, enquanto com instrução superior são apenas 7,4%, razão pela qual as campanhas têm que estar voltadas sobretudo para a população mais carente, que não tem acesso à educação. Uma arma importante nesse sentido é a presença de 250 agentes comunitários de saúde visitando a população de baixa renda, em suas casas. Paralelamente à campanha da Aids, também haverá a de Hepatites, outra doença de proporção epidêmica. O desenho bem expressivo de um olho, na cor amarelada, traz como reforço o texto Fique de olho para não pegar. TRABALHO INTENSO Apesar dos enormes desafios que o Município de Santos enfrentou, liderando o número de casos em todo o País na década de 90, o Programa Municipal de Aids, criado em 1989, avançou em sua estrutura, tanto na área de prevenção, como de tratamento, adequando-se para dar resposta à grave epidemia. Hoje, segundo o ranking de cidades mais atingidas pela Aids, com base no número de habitantes, o Município de Santos figura em 12º lugar (base de dados do ano 2000), posição bem mais confortável que o título de Capital da Aids ostentado há 10 anos. A redução gradativa do número de casos de Aids e de óbitos, em razão da distribuição dos modernos coquetéis (anti-retrovirais) a partir de 1997 e ainda o sucesso do programa da Transmissão Materno Infantil, que há dois anos zerou a transmissão do HIV da mãe para o bebê durante a gestação, demonstram que as políticas estão corretas. É importante lembrar que há dez anos morriam cerca de 328 pessoas ao ano e, em 2003, o número de óbitos caiu para 42. A média de novos casos por ano, que tinha prevalência de 107 por 100 mil habitantes, no ano passado fechou em 31,57 casos por 100 mil. Hoje os portadores do HIV, que apresentem ou não a manifestação do vírus, conseguem ter muitos anos de expectativa de vida. Mas a maior preocupação envolve o fato de haver um grande número de pessoas infectadas pelo HIV e que sequer desconfiam dessa situação, especialmente a população carente e com pouca instrução. Entre as formas de transmissão, desde o início da epidemia em Santos, a via sexual responde pela maioria dos casos (1.621), sendo 583 por via homossexual, 283 por bissexual e 755 heterossexual. A transmissão sangüínea, mais comum na primeira fase da epidemia, registra 1.286 casos, sendo 1.273 por uso de drogas e 13 por transfusão sangüínea. Por causa múltipla, há 10 casos, enquanto a transmissão vertical atingiu 70 crianças. É importante destacar que há dois anos não ocorre mais a transmissão vertical de mãe para o bebê.