Novidades no Feijão com Arte, a atração de sábado no Centro
Bolsas confeccionadas com palha de buriti, tingida artesanalmente com preparado de procedência inglesa, foram novidades de sucesso no Feijão com Arte, a feira de artesanato e antiguidades de sábado, na Praça Mauá. O Estação Bistrô Restaurante-escola e o Estação Santos, que neste sábado (14) aderiram ao programa da Setur (Secretaria de Turismo) e serviram feijoada, também comemoraram o grande movimento de clientes – agora já são 13 estabelecimentos do Centro Histórico a oferecer o tradicional prato de sábado dos santistas.
O Estação Bistrô serviu 113 pratos, 80 dos quais feijoada, movimento que a coordenadora Marcela Figueiredo considerou “ótimo”. Já o Estação Santos, que há estava com 200 reservas na última quinta-feira, aproveitou para ‘esticar’ a feijoada com roda de samba até às 21h. Também participam do projeto os restaurantes Allegra Café, Bodegaia, Boteco do Café, Café Paulista, Downtown, Florença, Jamblan, Largo do Café, Mauá, Porto Brasil e Tasca do Porto.
Surpresas
Desde 2000 dedicando-se ao trabalho, Maria das Graças Roberto, da barraca Rústica – Acessórios de Moda, fazia questão de explicar as diversas etapa da confecção das bolsas e mochilas com detalhes em buriti. “Produzi para griffes do Rio de Janeiro e já cheguei a trabalhar com 15 cores”, comentava com os clientes.
Diva e o irmão, Benedito Camargo descobriram até antigas histórias que a avó contava, quando eram pequenos. “Olha a da onça e a da Maria Borralheira”, surpreendeu-se Benedito, enquanto folheava os livros da artesã Cláudia Mello, que, com tiras de pano colorido e nós, cria bonecas de tradição africana. Eles souberam da feira por meio de cartazes nos ônibus e reservaram o sábado para comprar bonecas, pedido de duas sobrinhas-netas.
Quarenta e quatro turistas da Capital visitaram a feira e puderam conhecer um pouco da história local, além de levar lembranças da Cidade. É que a artesã Léia, da barraca Ideias Mil, além de decorar bolsas confeccionadas em toalhas de mão com ícones da cidade, disponibilizada na embalagem um pequeno histórico do local retratado. “Assim as pessoas ficam sabendo que as muretas são em estilo art-déco e conhecem obras como as esculturas O Peixe, na entrada da cidade; a da Tomie Ohtake, no emissário submarino; O Pneu Furou, na ciclovia, por exemplo”.
Lambretta
O modelo da série L1, de 1961, o primeiro da Lambretta que chegou ao Brasil, atraiu a atenção do público na feira Centro com Arte, para orgulho do restaurador Carlos da Silva Pereira, mais conhecido por Peixinho. “No Carnaval, fui até Curitiba com ela, em uma viagem com outros colecionadores que durou 17 horas”, contou, adiantando detalhes da nova aventura que empreenderá no próximo ano, quando irá com um amigo para a Itália – ambos de Lambretta.
O público ainda pode conferir o Fusca conversível Sulan, de 1986, e uma Mercedes-Benz de 1987, que há cinco meses não saía da garagem. “Tentei dois carros novos, mas eles não ligaram de jeito nenhum. Foi só girar a chave na ignição, que a Mercedes pegou na hora”, divertia-se o colecionador João Antonio.
Foto: Marcelo Martins