No dia da Consciência Negra, Zumbi é homenageado
Conscientização e respeito pelo próximo, independentemente de raça, cor ou credo, nortearam as manifestações no Dia da Consciência Negra, no último sábado (20). A data coincide com a morte de Zumbi dos Palmares, líder de um dos maiores quilombos do tempo da escravidão no Brasil. "Era uma pessoa que jamais se deixou escravizar, que tinha como norte o ideal de liberdade, igualdade e fraternidade", disse o coordenador de Promoção da Igualdade Racial e Étnica, Walter Pereira de Carvalho, durante homenagens na Praça Palmares.
Quem prestigiou o tributo recebeu panfleto produzido pela OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) com orientações sobre o que fazer quando submetido ao crime de racismo ou de injúria qualificada pelo preconceito. "Não há que se ter no país nenhuma forma de preconceito. Não se admite mais", afirmou o secretário de Defesa da Cidadania, Paulo Murat.
Para o presidente do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, Ivo Miguel Evangelista, "a educação em diálogo com a cultura é a forma mais eficaz de combater o preconceito".
Após a deposição das flores no busto de Zumbi, integrantes das religiões de matrizes africanas plantaram uma palmeira. A solenidade contou ainda com apresentação da Banda do 6ºBPMI. Dentro da programação, na sexta-feira (26), será realizado o 2º Baile da Consciência Negra, às 22h, no salão de mármore do Santos FC (Rua Princesa Isabel s/nº, Vila Belmiro).