Mutirão no cemitério prossegue até o próximo final de semana

Desde sábado (26), o Cemitério da Filosofia, no Saboó, está passando por um mutirão de limpeza e reparos, que prosseguirá até o próximo final de semana. Funcionários de diversos setores da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seosp) estão retirando a vegetação, reconstituindo calçamentos, trocando as consertinas (cercas de arame farpado) nos trechos danificados, podando árvores e realizando reparos na rede hidráulica, além de suprimirem pontos que possam acumular água, transformando-se em eventuais criadouros do mosquito transmissor da dengue. As pessoas que visitavam o local no sábado pela manhã elogiaram a iniciativa. Meu irmão está sepultado aqui há três meses, e tenho vindo sempre. Trago flores de plástico para não precisar de água, porque sei sobre o problema da dengue. Esta limpeza geral é muito importante, as famílias que vêm ao cemitério ficam mais tranqüilas, mais seguras, dizia Marlene Bastos Calçada. Para Konstantin Finder, que visitava o túmulo da esposa, tem gente que paga os zeladores achando que eles estão cuidando direito, mas não é bem assim. O lugar vai ficar muito melhor depois dessa limpeza geral. A opinião era compartilhada por Ássima Bechara, que freqüenta o local a cada quinze dias: meus pais e meu marido estão enterrados aqui, e ver que está sendo conservado me deixa mais feliz. Ocupando uma área de 45 mil metros quadrados, o Cemitério da Filosofia recebeu, em todo o seu entorno, 1.580 metros de arame farpado com corte para dentro (consertinas) sobre o muro, o que contribuiu pela redução nos registros de roubos. Mas em diversos pontos, os vândalos danificaram a cerca, que está sendo recuperada. Para garantir mais segurança aos cemitérios, a Seosp está programando a instalação de câmeras de vídeo em diversos pontos, além de um sistema de sensores de presença. A Guarda Municipal também está reforçando as rondas nas áreas. Os ladrões roubam principalmente peças de metal dos túmulos, e para tentar identificar os receptadores, a Seosp vai solicitar que a Secretaria de Finanças (Sefin) fiscalize os depósitos de ferro-velho da Cidade. Estão trabalhando no mutirão 35 funcionários de diversos setores: Jardim Botânico Chico Mendes, Departamento de Assuntos Comunitários da Zona Noroeste (Deac-Zno), Departamento de Obras (Deop) e da própria unidade. Com três cemitérios municipais – Filosofia, Areia Branca e Paquetá – Santos não registra a falta de campas ou ossuários, problema que afeta diversas cidades do País. COMBATE À DENGUE Não adornar os túmulos com recipientes que possam acumular água e não cobrir as peças de metal com plástico. Este apelo está sendo feito pelo Departamento de Obras da Prefeitura à população, visando evitar criadouros do mosquito da dengue nos cemitérios da cidade.