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Mutirão contra o Aedes prepara Centro de Santos para o Carnaval

Publicado: 26 de fevereiro de 2025 - 18h14
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Nos preparativos para o Carnaval, o Centro de Controle de Zoonoses e Vetor (CCZV) de Santos realizou um mutirão contra o Aedes nos bairros Centro e Valongo, nesta quarta-feira (26). Foram mobilizados 62 agentes de combate a endemias (ACEs), que vistoriaram 1.440 imóveis e eliminaram 52 focos com larvas do mosquito. 

Os ACEs aproveitaram e vistoriaram a Praça Mauá, local de concentração do Carnabonde e Carnacentro, para deixar tudo preparado para uma festa sem a presença do mosquito. A empresa Terracom atuou em parceria com a Secretaria de Saúde, disponibilizando uma equipe de 25 agentes e um caminhão para a retirada de materiais inservíveis, que têm potencial para gerar criadouros.

O combate aéreo do CCZV também esteve presente no mutirão. Por meio de uma demanda da própria equipe, o drone foi utilizado para realizar uma vistoria em um imóvel abandonado na Rua D. Pedro II. Os agentes encontraram água acumulada no telhado do imóvel e vão utilizar as imagens como prova documental para encaminhar uma intimação ao proprietário para tomar as medidas cabíveis.

O chefe do CCZV, Boanerges de Oliveira, reforçou a importância das ações preventivas, especialmente devido à circulação de turistas durante o Carnaval. “Pessoas vindas de outras cidades podem trazer diferentes tipos de dengue para Santos, por isso estamos fazendo uma varredura na região, eliminando focos e conscientizando comerciantes e moradores”, explicou.

Para ampliar a conscientização, o CCZV também estará presente nos eventos carnavalescos com estandes educativos, no sábado (1°) na Praça Mauá e nos demais dias do Carnaval na Praça das Bandeiras (Av. Vicente de Carvalho s/nº, Gonzaga), incentivando a população a vistoriar e eliminar possíveis criadouros do mosquito.

Um dos comerciantes conscientizados foi Rodrigo José Ivo, de 35 anos, que tem um restaurante no Centro há 12 anos. Ivo toma todos os cuidados em seu restaurante, higienizando todos os dias e controlando a água parada, seguindo as dicas dos agentes. “Acho um absurdo não permitir a entrada deles, é um trabalho fundamental para nossa segurança. Traz segurança para nossos funcionários e nossos clientes. A dengue é uma doença muito séria”, contou.

Já Edineuza Aparecida Paulino Pereira, de 62 anos, deu exemplo na prevenção e adotou novas práticas para manter o estabelecimento em que trabalha livre do mosquito. “Os agentes nos ensinaram e agora usamos água sanitária e sal nos ralos da loja. É a nossa vida que está em jogo”.

 

BALANÇO

Os mutirões realizados no ano de 2025 em Santos já eliminaram 578 focos com larvas. A cidade registra 86 casos de dengue e 1 de chikungunya neste ano. Em 836 imóveis foi recusada a entrada dos agentes.

VACINA

A vacina contra a dengue segue disponível nas policlínicas para crianças e jovens de 10 a 14 anos. Para completar o esquema vacinal, são necessárias duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

O MOSQUITO

As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito. Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.

PRINCIPAIS DICAS

• Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas

• Pias - verificar vazamentos e manter ralo vedado

• Ralos no chão - tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana

• Bandeja externa de geladeira - verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca

• Vaso sanitário e caixas de descarga - manter tampados

• Calhas e lajes - caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema

• Caixas d'água - verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas

• Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas - verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente

ESTRATÉGIAS DE SANTOS AO ENFRENTAMENTO AO AEDES AEGYPTI – ANO INTEIRO

• Casa a Casa - programa de visitação de rotina aos imóveis

• Mutirão - varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade

• Imóveis especiais e pontos estratégicos - locais visitados mensalmente

• Imóveis especiais: grande circulação de pessoas - escolas, hotéis, shopping centers

• Pontos estratégicos: mais risco de criadouros - borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras

• Nebulização - aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças

• Armadilhas - Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local

• Acompanhamento epidemiológico - notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica

• Atividades Educativas - atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios

• Monitoramento com drones em locais de difícil acesso

• Atendimento a denúncias - feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou site www.santos.sp.gov.br/ouvidoria

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS.

Fotos: Raimundo Rosa

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