Mutirão contra o Aedes na Zona Noroeste de Santos visita mais de 1,5 mil imóveis

A Secretaria de Saúde de Santos realizou nesta quinta-feira (14) o 30° Mutirão de Combate ao Aedes aegypti de 2025, na Zona Noroeste. A ação contra o mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya foi realizada nos bairros São Jorge e Caneleira.
Os 65 agentes de combate a endemias visitaram 1.568 imóveis e eliminaram 46 focos de larvas encontrados em pneus, banheiras de bebê desmontável, piscinas, lonas, vasos sanitários, caixas d'água, vasos e pratinhos de planta, baldes e ralos. A entrada foi recusada pelos moradores em 48 imóveis.
Durante a mobilização, com o intuito de proteger a população da região, as equipes percorreram ruas, vistoriaram imóveis, eliminaram possíveis criadouros e orientaram os moradores sobre medidas preventivas para a não proliferação do transmissor, como manter caixas-d’água tampadas, evitar o acúmulo de água em recipientes e descartar corretamente resíduos.
Sara Pirath, moradora da Caneleira, contou que já teve dengue e reforça que, além do mutirão, os moradores devem também fazer a sua parte contra o mosquito. “Essa ação é muito importante para nós, moradores da Zona Noroeste, mas temos que ter a conscientização e fazer a nossa parte no dia a dia, para evitar essa doença”, concluiu.
BALANÇO
Nos 30 mutirões realizados em 2025, foram eliminados 1.574 focos com larvas de mosquito e contabilizadas 2.173 recusas à entrada dos agentes.
Em 2025, Santos contabiliza 4.201 casos de dengue, com pico nos meses de abril e maio e quatro óbitos. A chikungunya soma 287 casos em 2025 em Santos.
VACINAÇÃO
A vacina contra a dengue segue disponível nas policlínicas para crianças e jovens de 10 a 14 anos. Para completar o esquema vacinal, são necessárias duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Até o momento, 25,26% do público-alvo completou o esquema vacinal.
Somente com as duas doses a pessoa está devidamente protegida. Quanto mais gente vacinada, menos o vírus circulará na cidade.
O MOSQUITO
As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito.
Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.
ESTRATÉGIAS DE SANTOS AO ENFRENTAMENTO AO AEDES AEGYPTI – ANO INTEIRO
- Casa a Casa - programa de visitação de rotina aos imóveis
- Mutirão - varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade
- Visitas aos imóveis especiais e pontos estratégicos - locais visitados mensalmente
- Imóveis especiais: grande circulação de pessoas - escolas, hotéis, shopping centers
- Pontos estratégicos: mais risco de criadouros - borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras
- Nebulização - aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças
- Armadilhas - Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local
- Acompanhamento epidemiológico - notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica
- Atividades Educativas - atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios
- Monitoramento com drones em locais de difícil acesso
- Atendimento a denúncias - feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou site www.santos.sp.gov.br/ouvidoria
Fotos: Raimundo Rosa
Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS.