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Museu de Arte Sacra resgata a tradição dos presépios

Publicado: 3 de dezembro de 2014
14h 40

Uma das cenas mais conhecidas da cultura cristã, retratada de diferentes formas e cenários. Este é o mote da exposição de presépios do Museu de Arte Sacra de Santos, que traz 36 versões do nascimento do menino Jesus, confeccionadas por membros das paróquias da Diocese de Santos.

Na mostra o visitante poderá admirar o trabalho das comunidades, que deixaram a criatividade aflorar, lançando mão de materiais tracionais, como a louça e a argila, mas utilizando também outros elementos: papelão, garrafas pet, crochê, feltro e isopor.

Os cenários propostos pelos artistas são uma atração à parte e vão desde uma manjedoura no meio de uma favela, passando por um cantinho do sertão brasileiro ou uma plantação de café, chegando até mesmo ao fundo do mar.

Para a administradora do Museu de Arte Sacra de Santos, Ana Cristina Requejo, a exposição é uma chance de resgatar valores que aos poucos estão sendo esquecidos. “Infelizmente, o Natal virou uma data comercial e muitas crianças não conhecem o seu real significado. O presépio é o melhor símbolo da essência natalina”.

Quem for ao museu até 25 de janeiro, além de conferir a exposição de presépios e o acervo fixo do local, poderá também apreciar a mostra de imagens de São Francisco de Assis, que historicamente é considerado o criador do primeiro presépio.

O Museu de Arte Sacra fica na Rua Santa Joana D'arc, 795 (sopé do Morro do São Bento), funcionando de terça a domingo, das 10h às 17h. Ingressos: R$ 5,00. Estudantes, idosos e passageiros da Linha Conheça Santos e Linha Turística do Bonde pagam meia-entrada. Visitas de grupos podem ser agendadas pelo telefone (13) 3219-1111.

Curiosidade

O presépio foi criado por São Francisco de Assis, em 1223, quando montou em uma gruta na região de Greccio (Itália) a encenação do nascimento de Jesus. Os fiéis foram convidados para a missa de Natal e, ao chegarem à gruta, encontraram a cena do nascimento do menino Jesus vivenciada por pastores e animais.

São Francisco morreu três anos depois, mas os frades Franciscanos continuaram a representação do presépio utilizando imagens.

Foto: Susan Hortas