Municipalização é tema de debate no congresso portuário
Os benefícios e desvantagens da municipalização do porto de Itajaí, em Santa Catarina, foram apontados pelo seu diretor executivo, Marcelo Salles, nessa sexta-feira (1º), durante palestra no 14º Congresso Nacional de Municípios Portuários, no Parque Balneário Hotel. E prendeu a atenção dos participantes, porque o tema está em pauta em relação ao Porto de Santos. Salles disse que o porto catarinense só alcançou viabilidade econômica a partir do momento em que adotou o novo modelo, em 1995. Houve a integração porto-comunidade, onde os problemas e soluções passaram a ser comuns. Quanto à expansão portuária, nada é feito sem prévia discussão com a população. Em sua palestra sobre o Porto de Santos, o engenheiro Arnaldo de Oliveira Barreto, diretor de infra-estrutura e serviços da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), disse que o principal objetivo da empresa é harmonizar a movimentação de carga portuária com a vida da Cidade. Temos obrigação de encontrar o ponto de equilíbrio, para que o desenvolvimento do Porto não prejudique o município. Não se pode deixar que o trânsito de cargas invada a área urbana. Barreto disse que a Codesp está fazendo investimentos para resolver o problema, e admitiu que no pico das safras, a movimentação de caminhões na malha urbana chega a 6 mil veículos por dia. É salutar para o comércio exterior, mas não é bom para o Porto e muito menos para Santos. Segundo ele, existem 13 intervenções e projetos em andamento para melhorar o sistema viário na faixa portuária, entre elas a avenida perimetral e o estacionamento de caminhões.