Monumentos, fontes e bandeirassem luz a cidade cumpre sua cota de sacrifício
Ontem foi um dia triste para a Cidade de Santos, acostumada ao longo dos últimos 3 anos a ganhar tantos novos pontos iluminados, numa corrente de bons fluídos trazidos pelas fontes, monumentos e bandeiras repletos de brilho e pelos troncos e copas de grandes árvores transformadas em esculturas, em razão da iluminação especial que haviam recebido da administração municipal. A tarefa de deixar a Cidade mais bonita, num esforço de muitos meses, teve ontem sua trajetória ao inverso. Cada espaço foi perdendo um pouco de seu brilho, na cota de sacrifício que todas as cidades brasileiras terão que pagar por tempo indeterminado, até que as autoridades equacionem a grave crise energética ao qual o País foi mergulhado. Já estão no escuro, além das 12 fontes, o monumento O Peixe, na entrada da Cidade, o dos Tambores, na Divisa, a cascata do Largo Maria Patrícia, os monumentos e as copas das árvores das praças Rui Barbosa, Mauá, Andradas, Independência e ainda todo o entorno da Cadeia velha, e além do monumento dedicado a Cristóvão Colombo, nos jardins da praia. As bandeiras também foram sacrificadas. Houve o desligamento da iluminação das bases dos pavilhões da Praça das Bandeiras e do grande mastro localizado na Ponta da Praia. As bandeiras foram retiradas. A Coordenadoria de Elétrica, da Seosp, desligou também os refletores que iluminavam as feirinhas do Boqueirão e do Sesc, assim como os refletores da areia da Praia, e os out-doors dos quiosques dos jardins. REUNIÃO COM A BANDEIRANTES Já as vias e avenidas de Santos que também passarão por redução em sua iluminação em cerca de 35% - conforme determinação federal, ainda não foram definidas. Na próxima segunda-feira, o gerente da área comercial da Bandeirantes de Energia, Edson Neves e o Gerente da Área Técnica, Newton Caseria, participarão de reunião na Prefeitura com a Secretaria de Obras e Serviços Públicos, quando serão definidos os apagões e a desativação de luminárias dos postes, em torno de 2.800, segundo informações extra-oficiais. Ontem foi um dia de muito trabalho para a Coordenadoria de Elétrica. Já está em andamento um diagnóstico de todas as unidades de Saúde e da Educação que precisam de atenção especial em relação ao fornecimento de energia. As policlínicas, por exemplo, mantêm câmaras refrigeradas para guarda da vacinas, enquanto as escolas de educação infantil guardam em suas geladeiras, grande parte da merenda consumida nas unidades. Todos esses setores terão que ser readaptados em razão dos apagões que vão acontecer a partir dos próximos dias. Também já começaram a ser avaliados, ontem, os geradores dos hospitais em função da demanda existente, que vai fornecer a Bandeirantes de Energia a relação completa dos endereços dos equipamentos municipais para que a empresa trace a sua estratégia de racionamento.