Mobiliário escolar: média de 500 peças são confeccionadas e recuperadas por mês
Cadeiras e carteiras, armários, prateleiras, bancadas, mesas e bancos de merenda, trocadores para bebês, cabides, portas, mural e até casinhas de boneca. Mobiliário que integra o ambiente das escolas e creches municipais, essas peças são recuperadas e confeccionadas pela prefeitura - média de 500 ao mês -, trabalho que garante a segurança, influencia na qualidade do ensino e gera economia aos cofres públicos. O serviço é realizado por uma equipe de 50 pessoas, entre marceneiros, pintores, pedreiros, ajudantes gerais, eletricistas, encanadores e pessoal administrativo da Comare (Coordenadoria de Manutenção e Recursos), ligada à Seduc (Secretaria de Educação), e inclui corte e montagem, pintura, pequenas reformas e serviços de elétrica e hidráulica. Tudo é feito pela equipe. As cadeiras e carteiras vêm em peças já cortadas e montamos. Além da madeira, reaproveitamos as ferragens, lixamos e pintamos. De todo o material, 70% são reaproveitados, explica o coordenador da Comare, Aroldo Alves Gobira. O que geralmente danifica, segundo ele, são encosto de cadeira e tampa de mesa. Um conjunto de cadeira e carteira, por exemplo, está na faixa de R$ 80,00 no mercado. Recuperando, geramos economia de 50%. Além disso, de acordo com a chefe do departamento pedagógico da Seduc, Denise Albino, um mobiliário adequado incentiva as crianças. Influencia na postura, no conforto e consequentemente no ensino, afirma. ADAPTADO Três novos mobiliários adaptados em madeira e com possibilidade de ajustes , confeccionados pelo setor para estudantes com necessidades educacionais especiais, foram entregues semana passada. Um dos alunos beneficiados é L.N.S., seis anos, da escola Luiz Carlos Prestes (Praça Maria Coelho s/nº Santa Maria), que agora terá mais conforto para desenvolver as atividades em classe. O marceneiro Mihály Roberto Mago, que ajustava a cadeirinha do estudante para maior comodidade, tem satisfação com o serviço: É um trabalho mais específico e que vai ajudar no seu desenvolvimento. Desde o final de 2007, já foram produzidas cerca de 30 peças, entre material em PVC e em madeira, incluindo andadores e cadeiras. O trabalho tem o auxílio de fisioterapeuta e educadora especial da Seane (Seção de Atendimento a Necessidades Educacionais Especiais). CASA DE BONECA De alvenaria, com três janelas, uma porta e espaço de 3x3 metros, proporcional à criança, que será todo mobiliado e pintado com cores vivas. Trata-se da casinha de bonecas que está sendo construída pela marcenaria na escola Elsa Virtuoso, no Estuário, e que deve estar pronta até o fim do mês. De acordo com Denise, é um trabalho que contribui para estimular a criança, desmistificar situações e melhorar a própria sociedade e a vida. O jogo simbólico possibilita o imaginário. Às vezes, numa brincadeira, você percebe o que a criança está passando em sua vida e tenta ajudar. Podemos trabalhar questões como o preconceito entre meninos e meninas, como se monta uma mesa, como se lava uma louça. Não é uma simples brincadeira, é um trabalho educacional muito rico, disse. De tijolo em tijolo, José Alves dos Santos é um dos funcionários que trabalham na construção da casinha, um prazer para ele. As crianças se divertem e ficam perguntando quando ficará pronta. Ajudo as crianças a serem mais felizes. É uma glória vê-las assim no colégio.