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Mais de ¼ dos pacientes falta a exames agendados

Publicado: 16 de julho de 2015
14h 49

Mais de ¼ de pacientes que agendou exames na rede municipal de saúde não compareceu aos procedimentos, segundo levantamento da Prefeitura.

De janeiro a maio deste ano, 28,26% dos exames deixaram de ser realizados porque o paciente faltou. O volume corresponde a 12.041 ausências entre os 42.614 exames marcados.

O não comparecimento dificulta a redução da fila de espera e pode prejudicar a saúde do paciente, alerta a chefe do Departamento de Regulação do Sistema (Dereg), Sandra Gallo.

“Melhoramos a oferta, mas o absenteísmo continua. Tem unidade que chega a 80% de faltas. O prejuízo maior é no atendimento, pois, deixando de comparecer, o paciente interrompe o tratamento, podendo ter um agravo no quadro clínico, indo parar no PS. A falta também tira a vaga de alguém. Infelizmente ainda há uma cultura de que, se melhorei, não preciso fazer o exame”.

Apesar de medidas adotadas pela Secretaria de Saúde (SMS) há um ano, para reverter esse índice, como o aumento da oferta dos procedimentos médicos, agendamento eletrônico, contato telefônico e mensagens de texto enviadas ao celular do paciente para confirmação do exame, ainda assim as faltas não diminuíram em relação ao mesmo período de 2014. Foram 42.879 agendamentos e 11.826 ausências (27,58%).

De acordo com o Dereg, o ultrassom é o exame com maior número de não comparecimentos - de janeiro a maio foram 32,64% (4.926), de 15.092 agendados. No mesmo período, a Prefeitura ampliou o número de procedimentos, de 4 mil por mês, em 2014, no mesmo período, para cerca de 11 mil/ mês neste ano.

Consciência

De acordo com Sandra Gallo, é importante que o paciente tenha consciência e responsabilidade com a própria saúde. “Trabalhamos para oferecer um serviço de qualidade na rede pública. Temos que construir a consciência de que a Prefeitura investe na compra de tudo que engloba os procedimentos que a população precisa e a ausência também prejudica o planejamento de outras necessidades”, afirma.

Redução da fila de espera

Com a meta de reduzir o tempo do agendamento para até um mês, a SMS pede a colaboração da população. Segundo o Dereg, após as medidas adotadas, o paciente leva, em média, até três meses para realizar o exame – antes era até um ano. Só o ultrassom, por exemplo, em dezembro de 2014, tinha a demanda de 4.951 usuários em fila de espera. Em abril deste ano, o número caiu para 1.179.

Estudo

Pesquisa junto aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), realizada por um grupo de funcionários do Dereg, detectou que as principais causas para o não comparecimento estão no número de telefone inexistente ou troca de número.

“Com dois dias de antecedência enviamos torpedo, telefonamos e, em alguns casos, o agente comunitário de saúde vai até a residência lembrar o paciente do exame. Se ele avisa, conseguimos encaixar outro”, também salienta a chefe da Seção de Agendamentos, Consultas e Exames, Anilde Faria Barboza.

A informação integra o trabalho final de pós-graduação em Regulação em Saúde realizada pelos servidores em 2014, numa parceria entre Prefeitura, Hospital Sírio Libanês e Ministério da Saúde.

Números do absenteísmo:

2015 - 28,26% (12.041) de 42.614 exames agendados;

Regiões com mais ausências: Zona Noroeste- 38%, de 2.526 agendamentos, e Morros, 33%, de 1.463;

Ultrassonografia é o exame com mais faltas – de janeiro a maio foram 32,64% (4.926), de 15.092 agendados.

Faça a sua parte:

- Caso não possa comparecer ao exame, ou o número de telefone tenha sido alterado, comunicar a unidade básica ou o Ambesp onde o exame foi agendado.

Alerta:

- Obter melhora momentânea não significa cura. Muitas vezes o quadro de saúde se agrava pela interrupção do tratamento ou do controle.

Foto: Rogério Bomfim