Mais da metade dos veículos guinchados é por falta de licenciamento
De janeiro a dezembro do ano passado, foram removidos para o Pátio Municipal da Zona Noroeste 2.464 veículos, incluindo motos. Desse total, 1.681 ou 68% foram guinchados por falta de documentação, tanto do veículo quanto do condutor, durante blitze realizadas pela 2ª Cia de Trânsito da Polícia Militar, com o apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O mês recordista de guinchamentos foi junho: dos 274 veículos removidos ao pátio, 80% ou 220 tiveram que sair de circulação, durante ação da PM, por problemas na documentação. Isto significa que apenas 54 veículos tiveram que ser removidos por infrações de trânsito ou acidentes. Outro mês em que os proprietários de veículos abusaram da sorte e saíram às ruas sem estar com a documentação em dia foi outubro: dos 249 veículos guinchados e levados ao pátio, nada menos que 196 ou 79% o foram por esse motivo. No primeiro mês deste ano, dos 200 veículos guinchados pela CET-Santos durante fiscalização da Polícia Militar, 150 (75%) estavam com a documentação irregular. Pelo serviço de guinchamento a Prefeitura estipula o valor de R$ 150,00 para veículos e R$ 100,00 para motos, além das despesas com estadia a partir do 5º dia, sendo respectivamente, R$ 10,00 e R$ 5,00 a taxa diária. O novo Código de Trânsito Brasileiro prevê penalidades severas para os veículos que transitam sem licenciamento do ano e para o condutor sem carteira de habilitação ou com ela vencida há mais de 30 dias. Se dirigir sem possuir a CNH o motorista estará incorrendo em infração gravíssima, multiplicada por três, o que corresponde à multa de R$ 574,59 e o guinchamento do veículo. Com a CNH vencida as penalidades são o recolhimento da Carteira, retenção do veículo e multa de R$ 191,53, além de sete pontos no prontuário. TRANSTORNOS Para a CET-Santos, o número elevado de veículos circulando com documentação irregular traz inúmeras desvantagens aos seus proprietários. Há veículos de vários tipos no pátio da ZN há meses e até há mais de um ano, porque os proprietários não regularizaram a sua situação. Tanto que a CET está preparando um leilão para venda dos veículos recolhidos por infrações que são da competência municipal.