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Luta contra o câncer de mama ganha data especial em santos

Publicado: 15 de julho de 2008
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Diagnóstico precoce é o fator decisivo na luta contra o câncer de mama. Como forma de chamar a atenção para o assunto e incentivar as mulheres a fazerem o auto-exame das mamas e consultar regularmente o ginecologista, a Prefeitura instituiu o ‘Dia de Prevenção ao Câncer de Mama’, a ser lembrado todo terceiro domingo do mês de maio. A data foi estabelecida no calendário oficial pela Lei Municipal n° 2.552, do último dia 25. De acordo com a coordenadoria municipal da saúde da mulher, o câncer de mama é o mais recorrente no Brasil entre as mulheres. Para 2008, a estimativa é de que sejam registrados 50 mil novos casos, sendo que a maior incidência acontece nas regiões Sul e Sudeste. Em Santos não é diferente. No ano passado foram contabilizados na cidade 756 óbitos por câncer (neoplasias), dos quais 381 atingiram mulheres. Destes, 82 foram por câncer de mama, o que representa coeficiente de mortalidade de 36,45 óbitos para cada 100 mil mulheres. Atenta ao problema, a prefeitura estabeleceu uma série de políticas públicas voltadas ao público feminino. Hoje, o município é totalmente autônomo no que diz respeito às etapas do diagnóstico e tratamento do câncer de mama. O atendimento é de ponta a ponta, passando de exames à cirurgia, além da quimioterapia e radioterapia, quando necessário. O diagnóstico precoce propicia até 90% de cura, além da menor probabilidade de perda da mama. MAMOGRAFIA O Ministério da Saúde preconiza que as mulheres iniciem o controle de mamografia, principal método de diagnóstico, a partir dos 50 anos. No entanto, a prefeitura redobrou os cuidados e disponibiliza o exame na rede pública de saúde a partir dos 35 anos. A recomendação é de que as mulheres passem por consulta ginecológica na unidade básica todos os anos, além de fazer sistematicamente o auto-exame, apalpando os seios, de forma atenta a qualquer alteração. Quando a mulher completa 35 anos, o ginecologista da unidade básica de saúde encaminha a paciente para a primeira mamografia. Ela será repetida a cada dois anos, no período que estiver entre 40 e 50 anos, e anualmente a partir dos 50. Em Santos, os exames são realizados sem fila de espera no laboratório conveniado Afip. Só no ano passado foram feitas 11.986 mamografias, além de 4.135 ultra-sonografias de mama. INSTITUTO DA MULHER No caso de qualquer alteração, a paciente já sai da unidade básica com consulta agendada no Instituto da Mulher. O equipamento da prefeitura funciona na Av. Conselheiro Nébias, 439, e reúne 13 ambulatórios especializados para promover a saúde do público feminino, como o de obesidade, cirurgia pélvica, planejamento familiar, violência sexual, entre outros. No caso da suspeita de câncer de mama, a paciente é atendida no ambulatório de mastologia, onde uma equipe multidisciplinar, com médicos e terapeutas, fazem a confirmação do diagnóstico e o acompanhamentos clínico e psicossocial. Os números crescentes do ambulatório traduzem a eficácia do atendimento. Em 2005, foram realizadas 2.290 consultas, em 2006, aumentou para 3.230 e no ano passado, o número chegou a 3.414. Quando a cirurgia é necessária, ela é feita pelo próprio médico da prefeitura, no hospital Beneficência Portuguesa. Se também for preciso quimioterapia e radioterapia, o procedimento é realizado tanto na Beneficência quanto na Santa Casa, sempre custeado pelo SUS. Fátima Mariano, 64 anos, moradora do Embaré, é uma das pacientes que está no período pós-cirúrgico. Ela percebeu o surgimento de um carocinho na mama num auto-exame e procurou ajuda médica. Fui à unidade básica e rapidamente me encaminharam para fazer os exames e as consultas aqui no Instituto. No começo fiquei nervosa, mas fui muito bem atendida e estou feliz por terem conseguido fazer a cirurgia sem precisar retirar a mama, conta, entusiasmada com a recuperação. CUIDADOS Não existe uma causa definida para o câncer de mama. São fatores de risco a ausência de filhos ou a primeira gestação acima dos 30 anos (gravidez e amamentação são fatores protetores), antecedente familiar de primeiro grau e obesidade. Mulheres que se enquadram neste perfil devem manter cuidados redobrados. O auto-exame e a consulta regular no ginecologista são recomendadas a todas as mulheres, que devem buscar sempre o auxílio na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência.